Banheiros com estilo

Com opções diversas, as louças são grandes destaques para compor a decoração dos banheiros

Saber escolher as louças conforme a decoração e o espaço disponível no ambiente exige cuidado para evitar problemas. Ajuda profissional facilita na hora de definir as compras

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

- AMIGO + AMIGOS
Preencha todos os campos.
postado em 14/07/2013 08:00 / atualizado em 12/07/2013 18:55 Júnia Leticia /Estado de Minas
Eduardo de Almeida/RA studio

Com várias opções de design, formato, cores e material, as louças são uma grande atração nos banheiros e, por vezes, assumem papel de protagonistas. Modernas e estilosas, são funcionais, práticas e dão um toque charmoso ao ambiente. Opções não faltam para fazer a composição, de bacias convencionais aos modelos mais modernos e que gastam menos água.

Eduardo de Almeida/RA studio
Para as cubas, a variedade é ainda maior, segundo a arquiteta Adriana Morávia. Podem ser arredondadas ou retas, altas ou baixas, estreitas ou largas e alguns modelos podem vir com furos para torneira e suporte para toalhas na própria peça. “Quanto aos tipos, as de sobrepor são embutidas pelo lado de cima da bancada, deixando uma moldura aparente (de 1cm a 2cm acima da bancada). Também exigem que esta seja recortada, precisamente na forma da cuba. Devem ser utilizadas quando a intenção for dar destaque à cuba, deixando-a mais robusta.”

Há, ainda, os modelos de apoio, embutir, semiencaixe, suspensa e esculpida, além do lavatório de coluna, segundo a arquiteta. “Na de apoio, o bojo é totalmente acima da bancada, necessitando apenas do furo para escoamento da água. As torneiras para esse tipo de cuba devem ser de parede ou então precisam ser mais altas do que a cuba utilizada, e a altura da bancada deve ser menor do que nos outros casos”, explica Adriana.

Mais comum e conhecido, o tipo de embutir é colado por baixo da bancada. “São os modelos mais econômicos e que conferem visual mais simples. A bancada precisa ser feita com um recorte na medida exata da cuba, colada abaixo da bancada. Tem a vantagem de facilitar a retirada da água que acaba caindo na bancada”, diz.

"As cubas de semiencaixe fazem muito sucesso por serem peças que cabem em espaços menores" - Renata Basques, arquiteta
Desenvolvida com uma parte projetada e outra encaixada na bancada, as de semiencaixe são ideais para situações em que a bancada tenha pouca profundidade, pois ficam com a parte frontal suspensa, ou seja, fora da área da bancada, como explica Adriana. “Já a esculpida é moldada direto na bancada de mármore, granito ou porcelanato. É muito utilizada para fazer o ralo desaparecer, deixando a base em forma de rampa, com um rasgo no fundo. Embora não seja a alternativa mais barata, custa menos que as peças prontas que têm o mesmo mecanismo.”

LEVEZA

A suspensa é fixada diretamente na parede, sem necessidade de bancada ou apoio. “Assim como as cubas de semiencaixe, pode ser utilizada quando as bancadas forem pouco profundas, mas com a vantagem de nem precisar delas, já que fica afixada diretamente na parede. Ideal para utilização com bancadas de vidro ou outros materiais que não suportem o peso de uma cuba convencional.” Os formatos também variam: redondos, quadrados, ovais, retangulares, trapezoidais e formas orgânicas, que são mais fáceis de limpar. “Os materiais podem ser porcelana, vidro, aço inox, resina, granito e porcelanato”, informa Adriana Morávia.

Entre os mais procurados, a arquiteta Renata Basques observa que estão os modelos quadrados e de sobrepor. “As cubas de semiencaixe também fazem muito sucesso por serem peças que cabem em espaços menores e ampliam o ambiente, o que é um grande diferencial, fazendo com que as fábricas de louças invistam mais nesse segmento, criando cubas de menor profundidade. Em relação às formas, a grande maioria procura linhas mais retas.”

Cada peça em seu lugar
Projeto detalhado dos pontos hidráulicos, croquis com revestimentos e a combinação das louças e metais são indispensáveis para garantir banheiros práticos e ao mesmo tempo belos

A arquiteta Adriana Morávia diz que cubas devem ter a saída de água alinhadas com o ralo - Eduardo de Almeida/RA studio A arquiteta Adriana Morávia diz que cubas devem ter a saída de água alinhadas com o ralo
São muitas as alternativas de louças e cada vez mais há lançamentos no mercado, com investimentos pesados da indústria no segmento. É possível encontrar opções de cores como branco, preto, marrom, fosco ou brilhante, já em linhas-padrão de marcas nacionais. Louças com cores e diferentes texturas (fosca e brilhante) e cubas com válvula oculta. “Percebemos uma tendência nos últimos dois ou três anos em mostras de Milão do uso de cubas monolíticas, que vão até o chão, como grandes cilindros ou cubos, e já há marcas nacionais com lançamentos nessa proposta”, comenta a arquiteta Estela Netto. E a variedade de preços é tão grande quanto os modelos e vai de R$ 50 a mais de R$ 3 mil.

Mas, antes de se decidir pelas peças, ela diz que é necessário haver um estudo muito detalhado no projeto executivo. “Que compatibilize os pontos hidráulicos, marmoraria e modelos de louças e metais. É fundamental fazer a escolha desses objetos, detalhá-la em projeto e compatibilizar com os projetos complementares, hidráulico, elétrico e estrutural”, orienta.

Segundo a arquiteta Renata Basques, antes de comprar as peças, é preciso observar as dimensões do local onde serão instaladas. “A partir daí, temos que fazer com que esse espaço seja funcional e ao mesmo tempo não fique com a circulação comprometida. Nesse sentido, as cubas de semiencaixe são superúteis para ampliar os espaços e quando a bancada não tem dimensões generosas.”

Para espaços maiores, a sugestão de Renata é usar louças de apoio, de sobrepor, em quaisquer modelos, pois não comprometem a circulação e a visão do ambiente. “Já em ambientes menores, temos que ter a preocupação com as dimensões da bancada. Eu gosto mais, nesse caso, de utilizar cubas menos profundas e de embutir, pois elas nos dão a sensação de maior espaço. Outra opção, mas que ainda é cara e temos que fazer a tubulação na obra, é a bacia suspensa, que faz com que o ambiente pareça muito maior.”

Variedade de modelos de sanitários exige atenção em relação à tecnologia usada e aos requisitos do fabricante para instalação - Eduardo de Almeida/RA studio Variedade de modelos de sanitários exige atenção em relação à tecnologia usada e aos requisitos do fabricante para instalação
JEITO SIMPLES

Para conjugar beleza e funcionalidade no uso das peças, Renata aposta na solução menos é mais. “Aconselho sempre meus clientes a utilizarem peças menores, mais quadradas e raramente de apoio, que, em minha opinião, não são as mais práticas. Quanto à durabilidade, as mais clássicas (no sentido de menos modernas), pois o banheiro é um ambiente que se utiliza muito. Há de se ter cuidados para não comprometer a durabilidade de um banheiro com o uso de peças muito modernas e pouco práticas.”

Diante da grande variedade de modelos com design, tecnologia e qualidade, também há uma grande facilidade em escolher adequadamente a peça ideal para cada projeto, como acredita a arquiteta Adriana Morávia. “O melhor custo/benefício depende de cada espaço, do estilo da decoração e necessidade do cliente”, completa.

Dentro das proporções

Combinar as peças de metal com o restante do estilo ajuda a manter a harmonia - Eduardo de Almeida/RA studio Combinar as peças de metal com o restante do estilo ajuda a manter a harmonia
Para quem não quer errar na escolha e a questão for economia, a indicação é usar cubas de embutir e de sobrepor, que têm melhor custo. Mas há outras. “Em bancadas com pouca profundidade devem-se usar cubas de semiencaixe. Em banheiros estreitos, o uso de bacias convencionais é mais indicado, já que as com caixa acoplada têm uma profundidade maior”, diz Adriana.

Outras orientações garantem sucesso na escolha e na execução do projeto. “Cubas esculpidas devem ser executadas em bancadas mais profundas, para que o bojo tenha uma dimensão mais confortável. As cubas de apoio com fundo reto costumam espirrar água na bancada quando a saída da água na torneira não coincide com a saída da água da cuba”, acrescenta Adriana.

De acordo com Renata Basques, estudar bem a proporção do banheiro em relação às peças escolhidas é essencial. “Em alguns casos, a especificação deve ser bem adequada ao tamanho e à proporção do ambiente. Fica ruim a falta de proporção, como usar em banheiros de medidas menores cubas muito grandes, que ocupariam todo o espaço da bancada, não sendo práticas e não sobrando nada de espaço útil.”

Estela Netto também ressalta que o que fica comprovadamente ruim em se tratando da instalação das peças é não projetar. “Acreditar que é apenas uma questão estética acaba por restringir as opções de louças e, muitas vezes, fazer um investimento significativo no volume de investimento de uma obra e não ter o retorno esperado.”

De forma específica, Adriana Morávia diz que prejudicar o formato da bancada, criando recortes, em favor de uma cuba com dimensões desproporcionais é uma escolha que tem consequências ruins para o projeto. “Ou seja, colocar uma cuba grande em uma bancada pequena, ou o contrário. Deve-se preocupar, também, com a harmonia das cores (o material empregado na bancada com o material das cubas). Por exemplo, uma cuba de resina colorida deve ser colocada em uma bancada com material liso e cor neutra, como o mármore branco.”

Em banheiros pequenos, bancadas de sobre-encaixe são uma boa opção - Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press Em banheiros pequenos, bancadas de sobre-encaixe são uma boa opção
TAMANHO CERTO

Uma preocupação que se deve ter, tanto na hora da especificação quanto na execução da obra, é a especificação correta da altura da torneira em relação à cuba escolhida, como conta Renata Basques. “Quando é cuba de sobrepor, por exemplo, a bancada deve ficar mais baixa, e se a cuba for de parede, temos que estudar bem essa altura. Quanto às bacias, as que devemos ter preocupação anterior são as embutidas na alvenaria, pois o esgoto é na parede. Isso deve ser feito anteriormente na obra”, orienta.

Por tudo isso, contar com a consultoria de um profissional projetando o ambiente como um todo pode auxiliar, e muito, na escolha das louças, segundo a arquiteta. “Para o banheiro, por exemplo, deve-se projetar tudo junto: marmoraria, espelhos, marcenaria, louças, metais, revestimentos de parede e piso. Além disso, é preciso cuidado nessa interface de fornecedores e produtos”, diz Estela.

Três perguntas para...
Klazina Norden, designer de interiores da AKinteriores

Quais são os tipos de louças existentes?
Existem muitos modelos para banheiro no mercado e isso às vezes deixa o cliente confuso. Os tipos de cuba são de embutir, sobrepor ou semiencaixe. As primeiras são as tradicionais, as outras são indicadas para pessoas que gostam de decoração contemporânea e para quem tem menos espaço no banheiro e precisa de uma bancada de pouca profundidade. Com relação às bacias, temos as convencionais, as com a caixa acoplada e as suspensas. A caixa acoplada é interessante porque economiza água. Já as suspensas são lindas, porém, mais difíceis de ser encontradas e custam caro. Algumas empresas estão oferecendo linhas de louças (bacias e cubas) em outras cores, além do tradicional branco. O que ajuda a personalizar ainda mais o banheiro.

Quais estão sendo mais procurados?
Como os apartamentos estão cada vez menores, consequentemente, os banheiros também estão. Sendo assim, as cubas de semiencaixe estão sendo mais procuradas, isso porque exigem uma largura menor de bancada para ser especificadas. E pela questão da sustentabilidade, as bacias com caixa acoplada estão sendo mais usadas. Quanto ao design, linhas mais retas e com menos informação possível são as preferidas. Casas menores são, hoje, uma realidade e quando você tem um espaço diminuto, todos os elementos que o compõem ganham um grande destaque. É por isso que as empresas (seja de móveis, louças, metais), além da funcionalidade, investem muito no design.

O que é permitido e o que não é aconselhável no que se refere ao emprego de louças?
O que limita o uso de louças num banheiro é somente o espaço disponível para especificá-las. Por exemplo, em lavabos – que normalmente são pequenos e às vezes estreitos –, as bancadas não podem ser muito largas para não prejudicar a circulação. Sendo assim, as opções de cubas ficam mais restritas.

Tags: decoração

Comentários Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
600

Últimas Notícias

ver todas
13 de julho de 2023
04 de julho de 2023