Casas e condomínios da capital trocam muros por cercas vivas
Cercas vivas substituem cada vez mais o muro e as cercas de aço em condomínios e casas, proporcionando não só segurança e marcação de áreas, mas também embelezando fachadas
Paisagista Eduardo Souza Rocha Júnior recomenda irrigação diária e adubação trimestral para que a cerca viva mantenha a beleza e ganhe durabilidade - Muda da esponjinha, planta também usada como cerca viva - Sansão-do -campo é uma espécie espinhosa, rústi
Belas, coloridas e exuberantes, as cercas vivas podem cumprir funções que superam o efeito estético em uma propriedade. Dar privacidade, delimitar áreas, proporcionar segurança e proteger do vento e do pó são apenas alguns exemplos de sua funcionalidade. "O segredo está na escolha da espécie adequada, na seleção das mudas, na forma de plantio e na manutenção da cerca", ensina a paisagista Rozalia Magna, da Folhagem Vasos Ornamentais.
Para quem deseja privacidade, a paisagista sugere plantas que têm porte alto, como o álamo, uma folhagem de crescimento ereto, copa compacta e forma piramidal, que pode atingir a altura de 20 metros. Se o caso for de segurança, o proprietário da Horto Verde Minas, João Carlos de Paula, recomenda a sansão-do-campo. "É uma espécie espinhosa, rústica, com folhagem de um verde profundo, que substitui o muro e as cercas de aço, tanto que ganhou o apelido de arame farpado ecológico", diz.
Espécies com flores e folhagens de porte mais baixo são perfeitas para a delimitação de áreas internas de um jardim. "Uso muito a lantana camará para esta função. É uma planta originária das Antilhas, que se adapta muito bem em Minas Gerais. Floresce durante todo o ano, tem ampla variedade de cores e atrai espécies silvestres como as borboletas", ressalta Rozalia Magna. Já o paisagista Eduardo de Souza Rocha Júnior, da Floricultura Sion, prefere os hibiscos, azaléias e o jasmim-do-cabo. "Não existem espécies melhores para a floração", opina.
A tuia kaisuka, uma espécie densa, compacta e ereta, é adequada para proteger espaços contra ruídos, vento e poeira. Muito usada para cercar piscinas, a planta tem, como o álamo, forma piramidal, informa Rozalia Magna.
A paisagista alerta que para a escolha da espécie adequada é importante saber a quantidade de luz que recebe o terreno a ser fechado. "Se houver sombra na área da cerca, o melhor é optar por plantas como a alpínia purpurata, o fórmio, e, para cercamentos mais altos, a areca-bambu". Cuidados
Irrigação diária da cerca, adubação trimestral com esterco e compostos à base de potássio, nitrogênio e cálcio são as recomendações do paisagista Eduardo de Souza Rocha Júnior para que a cerca viva mantenha a beleza e ganhe durabilidade. Rozalia Magna destaca a importância da poda, que deve ser realizada de três em três meses no primeiro ano de plantio, e, a partir daí, três vezes ao ano.
De acordo com João Carlos de Paula, o período ideal para o cultivo da sansão-do-campo é entre outubro e março, quando a muda vai receber muita claridade e irrigação à vontade, com as águas das chuvas. As mudas devem ser plantadas com uma distância máxima de 25 centímetros umas das outras. É essencial ainda saber que, com mudas maiores, a cerca estará pronta e totalmente fechada em um tempo menor, em média de 18 meses. Função da cerca viva - espécie
Segurança - sansão-do-campo
Proteção acústica, contra vento e poeira - tuia kaisuka
Delimitação - hibisco, azaléia, jasmim-do-cabo e lantana camará
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