Portadores de deficiência física superam obstáculos

Pessoas com mobilidade reduzida enfrentam dificuldades para viver em moradias projetadas a partir de conceitos arquitetônicos tradicionais

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

- AMIGO + AMIGOS
Preencha todos os campos.
postado em 27/05/2007 14:44
Portadores de deficiência física, idosos, crianças, obesos, grávidas ou qualquer cidadão com mobilidade reduzida, ainda que temporariamente, enfrentam toda sorte de obstáculos para fazer valer seu direito de ir e vir. São barreiras urbanísticas, nos transportes, nas comunicações. Mas as dificuldades começam mesmo dentro de casa. Escadas nas entradas principais, portas estreitas, cômodos minúsculos, pisos escorregadios e mobiliário inadequado são exemplos de obstáculos que impedem a livre circulação e, muitas vezes, colocam em risco a vida dessas pessoas em suas próprias residências.

Nos últimos anos, a pressão de movimentos organizados, principalmente dos portadores de deficiência, que já representam 14,5% da população, fez crescer a consciência da sociedade para a questão da acessibilidade. No Brasil, garantem especialistas, há uma moderna legislação sobre o assunto, cujo marco é o Decreto Lei 5.296/04, que, entre outras providências, regulamenta a Lei Federal 10.098, estabelecendo normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade, não só para as vias pública, mas também em edificações públicas, de uso coletivo e nas áreas comuns.

Belo Horizonte, onde se estima que haja 280 mil cidadãos portadores de deficiência ou com algum problema de mobilidade, também já tem sua legislação de acessibilidade. "A Lei Municipal 9.078, em vigor desde 19 de janeiro de 2005, determina que nenhuma construção pode ser erguida na capital sem observar as questões da acessibilidade, e estabelece prazos para a adaptação de edificações antigas", informa José Carlos Dias Filho, presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência. O município também lançou, em janeiro, dois guias de acessibilidade urbana e em edificações para orientar as ações públicas e do setor da construção civil.

"O problema é que nem sempre as leis pegam no Brasil", reclama Gilmar Marques Gomes, que em 2001 sofreu um acidente automobilístico que o deixou paraplégico. Mais otimista, José Carlos considera que há uma evolução no tratamento da questão da acessibilidade nos últimos 10 anos e acredita que a ação educativa, em todos os níveis da escola formal, pode mudar a situação.
Comentários Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
600

Últimas Notícias

ver todas
07 de julho de 2023
05 de julho de 2023