Escolha da linha adequada

Mutuário deve ficar atento ao nível de comprometimento da renda e sistema adotado para amortização da dívida

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postado em 05/08/2007 14:03
Quem precisa de financiamento imobiliário para concretizar o sonho da casa própria deve ficar atento às condições contratuais das linhas oferecidas pelas construtoras e pelo sistema bancário. Valor do imóvel pretendido e do financiamento, comprometimento da renda com o pagamento da prestação, prazo de duração do contrato e sistema de amortização da dívida são algumas das variáveis que compõem essa delicada equação e que determinam o sucesso ou fracasso da empreitada.

"Não se pode contratar financiamento imobiliário como se compra eletrodoméstico a prazo", diz o advogado Lúcio Delfino, diretor da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH). Ele alerta que, ao assumir financiamento para a aquisição da casa própria, o cidadão se responsabiliza por uma dívida que pode durar mais de uma década e, durante este período, ele não poderá ter a sua renda muito comprometida com outros pagamentos. "Somente depois de quitado o financiamento o cidadão é o dono do imóvel. Por isso, a compra à vista é sempre o melhor negócio", lembra.

Quando o pagamento à vista não é possível, o diretor da ABMH recomenda que o futuro mutuário economize o que puder num período anterior à compra, de maneira que tenha recursos para uma boa entrada, necessitando assim de financiar um valor menor. “Vale também o uso dos recursos do FGTS tanto para diminuir o valor a ser financiado quanto para amortizar o saldo devedor.”

A possibilidade de usar o FGTS e o subsídio do governo para a sua faixa de renda foi o principal motivo que levou o auxiliar administrativo Cristiano Marcos de Carvalho a contratar financiamento imobiliário. Em fevereiro, Cristiano fechou com a Caixa financiamento de R$ 47 mil para comprar um apartamento de dois quartos no Jardim Riacho, em Contagem, avaliado em R$ 57 mil. Com prestação de R$ 440, pouco superior ao aluguel que pagava, de R$ 370, Cristiano mora, com a esposa, há pouco mais de uma semana no apartamento novo. "Estou satisfeito. Obtive subsídio de R$ 2,8 mil do governo, tenho 20 anos para pagar, mas pretendo quitar minha dívida em oito ou 10."

Taxas de juros A escolha da instituição bancária onde se pretende tomar o empréstimo é importante, diz Lúcio Delfino, e deve-se optar por aquela que oferecer a menor taxa de juros na concessão do financiamento. "A melhor opção é sempre oferecida pelas instituições que trabalham com o Sistema Financeiro da Habitação", orienta.

O nível de comprometimento da renda familiar com o pagamento da prestação, na avaliação do diretor da ABMH, nunca deve ser superior a 20% – ao longo do contrato, o mutuário pode ser surpreendido por problemas como o desemprego e a queda na renda.

O prazo para pagamento também não deve ser muito longo. "Os financiamentos de imóveis em 25 anos, prazo mais longo disponível nas instituições financeiras do país, atraem mutuários porque proporcionam parcelas mensais menores, mas, ao mesmo tempo, escondem juros e correção monetária mais altos. Isso pode elevar em mais de 100% o valor pago ao final do contrato, na comparação com o preço à vista do imóvel", afirma.
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