Investir numa casa antiga ou num apartamento usado pode ser um bom negócio para aqueles que não têm recursos suficientes para comprar ou construir um imóvel com localização e espaço adequados às suas necessidades. Foi o que fez o publicitário e professor universitário Melquíades Almeida Lima. Com o auxílio da mulher, Miriam, ele buscou opções no mercado de imóveis usados de Belo Horizonte para concretizar o sonho de ter uma casa ideal para os padrões da família.
Em outubro de 2004, o casal comprou uma velha casa de 79 metros quadrados, construída em 1948 no bairro da Serra, na Região Sul da cidade. "Como o imóvel era pequeno e ficava num terreno irregular, que não permitia a construção de edifícios de apartamentos, conseguimos um preço razoável, que nos proporcionou a economia necessária para investirmos na reforma", lembra Melquíades.
Com ajuda de um arquiteto experiente e a um preço 40% menor do que o de um imóvel novo, em apenas nove meses o casal transformou a antiga casa numa residência moderna, segura e confortável, com quatro quartos e requintes como jardim de inverno e área externa com espaço suficiente para fazer a alegria da filha de 9 anos. "Tivemos percalços, como a demora na aprovação dos projetos na prefeitura, rotatividade de mão-de-obra, alterações de custo da reforma e a mudança para a casa antes da conclusão da obra", recorda o professor. "Mas tudo valeu a pena. Hoje temos uma casa agradável, com localização e vizinhança excelentes", comemora, dizendo que pretende construir um segundo andar, onde deverá instalar biblioteca, churrasqueira e home-theater.
De acordo com o presidente do Sindicato do Mercado Imobiliário e das Administradoras de Condomínios de Minas Gerais (Secovi-MG), Ariano Cavalcanti, os imóveis usados têm preços de 15% a 30% mais baixos que os novos, com oferta significativa em todas as regiões de BH. "Obviamente, a demanda é maior na região Sul, mas mesmo assim há uma oferta satisfatória em toda a cidade", reconhece. No entanto, ele recomenda cuidados na hora de fechar o negócio.