Uso adequado a cada ambiente

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postado em 23/12/2007 15:12
Embora as madeiras possam ser usadas em todas as etapas da construção e decoração de um imóvel, cada espécie tem uma finalidade diferente. Os especialistas recomendam também bom senso na aplicação do material, para que os ambientes não fiquem pesados com o seu uso excessivo.

Sérgio Viana observa que as madeiras maciças devem ser usadas para as funções que exigem mais resistência, como na execução de estruturas e na confecção de portas e janelas. “As madeiras de demolição são as mais adequadas neste caso.”

A madeira de demolição também é uma boa alternativa para a execução de balaústres e guarda-corpos, diz Marcos Nobre. Ele lembra que postes de eucalipto, recuperados de antigos sistemas de iluminação pública, e dormentes descartados de vias férreas podem ser recuperados e usados para a função. “São materiais excelentes, feitos de madeira robusta, que recuperados podem durar mais 100 ou 200 anos.”

Nada impede também o uso da madeira de demolição para as janelas e portas e ainda para a confecção de mobiliário, como mesas. “O que interessa é seguir um conceito e definir os materiais de acordo com o projeto. Mas é imprescindível saber dosar e buscar a adequação do material ao espaço”, explica Marcos.

As madeiras de reflorestamento são ideais para a fase de acabamento e para a decoração. Marcos recomenda a madeira de eucalipto, conhecida no mercado como lyptus, para o revestimento de paredes, elaboração de painéis e lambris, e confecção ou revestimento de mobiliário. “O material deve ser evitado em áreas molhadas, como cozinhas e banheiros, onde a umidade pode levar à sua rápida deterioração, mas pode ser aplicado num espaço gourmet e no lavabo”, afirma.

Sérgio alerta que o lyptus, o pinus e o cedro de reflorestamento não devem ser usados no revestimento de pisos. “São madeiras mais macias, que podem ser danificadas com mais facilidade”, explica. Na avaliação do arquiteto, essas madeiras são mais adequadas para a aplicação nas paredes, tanto no revestimento da superfície inteira ou na formação de painéis, e no mobiliário. “Tenho feito muitas mesas, de centro e laterais, bancadas para mesas comunitárias, painéis para hall e cozinha.”

Para o revestimento de pisos, Sérgio prefere madeiras mais duras e resistentes, como a cumaru e o ipê. “Com a ressalva de que não existe ipê de reflorestamento” avisa. Já Marcos confessa que evita o uso de madeira nos pisos. “A tendência hoje é de pisos mais práticos, como a cerâmica e o mármore.”

As madeiras de reflorestamento cumaru, itaúba e lyptus são indicadas ainda para a aplicação em áreas externas. “Mas devem receber um tratamento específico para evitar a contaminação por pragas e um produto impermeabilizante”, orienta Sérgio, que recomenda também o uso de madeira biossintética.

Sérgio sustenta que a madeira biossintética, comercializada no mercado com o nome ecoblock, pode ser aplicada para a marcação de pisos externos, confecção de gradeados, cercas, portões e decks, com a vantagem de não demandar a manutenção constante necessária às madeiras tradicionais. “É um material mais resistente, que não trinca nem empena.”

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