Relegado ao esquecimento durante muitos anos, o papel de parede volta a ser um dos revestimentos mais usados na decoração de ambientes. Para a arquiteta Renata Basques, o retorno está ligado ao desenvolvimento da indústria, que agora oferece o produto na versão vinílica, mais durável e resistente, inclusive à ação da água, e em padronagens mais diversas. “A tecnologia dos papéis de parede tem evoluído muito e os atuais são bem melhores que os fabricados antigamente”, afirma.
“Há uma enorme gama de padronagens, desde as mais clássicas, como as florais, até as mais modernas estampas geométricas, que ajudam muito na decoração do espaço. Sem falar dos produtos com ou que imitam fibras naturais, tecidos, couro e até madeira”, diz a arquiteta Alicia Rodrigues, que considera a praticidade a maior vantagem desse revestimento. “Ele é fácil de limpar, principalmente os vinílicos, e de rápida instalação.”
O custo acessível é outro fator que favorece a disseminação do uso dos papéis de parede nos projetos atuais. “O mercado oferece produtos, em média, entre R$ 40 e R$ 300 o rolo, com qualidade semelhante. Hoje, é possível encontrar em casas de bricolagem papéis baratos e com padronagens bem bacanas. Há alguns anos, o papel era muito caro, o que inviabilizava seu uso na maioria dos projetos”, informa Renata.
Na avaliação de Alicia, os papéis de parede só perdem em preço para a pintura. “Mas quem está bancando uma obra tem de pensar é na relação custo/benefício. O que ele vai desembolsar a mais na compra do papel é compensado com diminuição de manutenção.”
Alicia explica que, enquanto as paredes revestidas com tinta precisam, em média, de nova pintura a cada dois anos, o papel de parede, quando bem aplicado, tem durabilidade mínima de cinco anos. “Para casas de famílias com crianças, que adoram rabiscar as paredes com seus desenhos, a pintura dura menos ainda. Já os papéis, especialmente os vinílicos, são de fácil limpeza. Basta passar um pano úmido”, destaca. (DM)