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Em Minas, somente os contratos da Caixa Econômica Federal já superam R$ 635 milhões este ano. As maiores beneficiadas são famílias que têm renda salarial até R$ 4,9 mil

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postado em 25/05/2008 07:00
Luciano Guimarães, diretor comercial da Lar Imóveis, explica que a empresa presta consultoria ao cliente do início ao fim do processo - Gladyston Rodrigues/Produtora SE7 Luciano Guimarães, diretor comercial da Lar Imóveis, explica que a empresa presta consultoria ao cliente do início ao fim do processo
Neste ano, em Minas Gerais, a Caixa Econômica Federal (CEF), maior agente financiador da habitação no país, firmou contratos que chegaram a R$ 635,36 milhões, segundo números apurados pelo banco até 8 de maio. Desse total, R$ 392,26 milhões são provenientes de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 237,41 milhões originários da caderneta de poupança.

De acordo com o gerente regional da CEF em Minas, Marivaldo Araújo Ribeiro, os maiores beneficiados pelos empréstimos foram famílias com renda até R$ 4,9 mil. Com uma participação efetiva dentro da parcela de famílias com renda até R$ 1.875, que podem contar com condições especiais no financiamento, como a complementação da capacidade de pagamento, por meio de subsídios do governo, e juros máximos de 6% ao ano.

Marivaldo informa que o orçamento da CEF para o financiamento habitacional no estado este ano é de cerca de R$ 3 bilhões, nas diversas linhas disponibilizadas, o que corresponde a 21% do total de recursos disponíveis para a área na instituição em todo o Brasil. Mas pode haver uma suplementação, caso a marca seja superada antes do final do ano, garante.

Na avaliação do gerente, o maior volume de crédito para a habitação no Brasil decorre do forte incentivo do governo federal, que aloca mais recursos e concede subsídios à população de baixa renda, da estabilidade econômica do país, da redução dos juros e de uma legislação mais adequada, que estabelece mais garantias ao agente financiador, como a alienação fiduciária do imóvel financiado, em substituição ao modelo de hipoteca. Com garantias como a retomada do bem depois de três parcelas do financiamento atrasadas, o crédito imobiliário ficou bastante atrativo para o mercado financeiro, captando novos agentes, inclusive bancos estrangeiros, o que explica o aumento dos recursos, assinala.

As garantias estabelecidas para os agentes financiadores, observa Marivaldo, se refletem na redução da inadimplência nos contratos de financiamento imobiliário. Segundo ele, nos contratos antigos, com o modelo de hipoteca, a inadimplência gira em torno de 7%, já naqueles em que há a garantia da alienação fiduciária, a média nacional registrada no mercado financeiro é de 4% e na CEF de 2%.

Feirão

O gerente regional da CEF observa que o interesse do cidadão brasileiro em migrar do aluguel para a aquisição da casa própria, por meio de financiamento, pode ser medido pela crescente participação do público em eventos como os feirões promovidos pela instituição, em parceria com construtores e imobiliárias. Na última versão do evento realizada em Belo Horizonte, entre os dias 16 e 18 deste mês, o Feirão da Casa Própria recebeu um público de 45,4 mil pessoas.

Foram fechados 968 contratos, que representam um volume de empréstimos para a aquisição da casa própria de R$ 57 milhões. Além disso, outros 4 mil contratos foram iniciados no evento, que equivalem a um volume de R$ 273 milhões e deverão ser concluídos ainda este mês, assegura Marivaldo.
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