Especialista em reformas, a designer Valéria Alves recomenda limpeza e desentupimento de calhas e ralos externos periodicamente
Quem precisa reformar ou fazer algum tipo de manutenção em casa, principalmente em áreas externas, deve aproveitar a estiagem, que normalmente se prolonga até o fim de setembro. Limpeza e manutenção de calhas, pinturas em fachadas e muros e reformas de telhados e de outras estruturas externas, como piscinas, são exemplos de serviços favorecidos pela ausência de chuvas.
A estação chuvosa é ideal para identificar e registrar os problemas, que devem ser reparados na estiagem, diz o engenheiro civil Firmino Soares de Siqueira Filho, diretor da Isolar, empresa mineira especializada em projetos de impermeabilização. Ele explica que as reformas mais complexas, como grandes vazamentos de laje, têm execução lenta, entre três e quatro meses, e não podem ser feitas com chuva. Daí, a necessidade de começar agora as obras.
A designer de interiores Valéria Alves, especialista em reformas, recomenda que o trabalho seja iniciado com a verificação de todas as estruturas normalmente expostas ao tempo, e seguido de uma limpeza e do desentupimento de calhas e ralos externos, que costumam acumular poeira, folhas e lixo e por isso podem causar inundações nas casas, quando as chuvas retornarem, com a chegada da primavera.
Em áreas externas sem cobertura, de casas e até mesmo de prédios, é preciso executar a manutenção do piso, principalmente de rampas e escadas, que depois do período de chuvas apresentam acúmulo de lodo, quando não são danificadas pela ação da água. É preciso corrigir trincas, tampar buracos, trocar peças quebradas ou descoladas do revestimento, ressalta Valéria.
Quem tem piscina em casa também deve aproveitar o período para fazer uma revisão de sua estrutura. Os rejuntes do revestimento da piscina sofrem uma degradação natural com a aplicação dos químicos para o tratamento da água. Por isso, é preciso aproveitar a estiagem para recuperá-los os rejuntes e também promover a substituição de peças quebradas ou trincadas, se for o caso.
A designer alerta que a cobertura do vão da piscina por manta sintética não é solução para a estrutura que apresenta trincas. As trincas precisam, antes, ser corrigidas, senão a manta vai furar com a ação da água que passa pelas trincas e o problema vai retornar, afirma.
Os decks de madeira também precisam de atenção especial. Eles devem ser escovados e lixados para receber a aplicação de um fundo protetor, como um verniz naval, para resistirem por mais tempo à ação da água. Para quem está disposto a fazer um investimento maior, existe a opção de substituir a madeira por materiais sintéticos com aparência semelhante, como o ecoblock, que têm uma resistência muito maior à água e não precisam de manutenção.
Valéria diz ainda que as fachadas do imóvel e as paredes internas contaminadas pela proliferação de fungos devem ser descascadas, com a remoção de todo o mofo, e recobertas com uma argamassa especial, antiumidade, antes da aplicação de nova pintura. A fachada deve receber uma tinta própria, que também ajuda na impermeabilização da superfície, e as paredes internas com tintas acrílicas, observa. (DM)
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