Pedreiro cibernético rouba a cena na Bienal de Arquitetura
A Suíça reúne num único espaço a proposta da 11a Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, a principal vitrine do setor.A idéia do curador desta edição, Aaron Betsky, é questionar a arquitetura vista de dentro para fora.
Paredes onduladas construídas pelo robô "Rob" no pavilhão suíço
Guilherme Aquino, de Veneza, para o site Swissinfo
No pavilhão fixo da comunidade helvética, localizado logo na entrada dos Giardini, foi montada uma instalação de tijolos dentro da qual o visitante passeia, literalmente, pelas idéias e pelos projetos de pesquisa desenvolvidos por um seleto grupo de arquitetos suíços.
Os 14.961 tijolos orientados como ondas servem de divisórias para os temas centrais da exposição suíça, não por acaso, chamada de Explorações. Metodologia, Didática, Tecnologia e Rede são os quatro conceitos da mostra. Eles representam os pilares da moderna e da futura arquitetura helvética estudados pelos Politécnicos de Lausanne e de Zurique.
Um robô-operário, nominado de R-O-B, rouba a cena logo na porta de entrada do pavilhão. Ele é a ponta de diamante da Tecnologia. Imóvel, ele parece dar as boas vindas a quem chega para ver de perto a sua obra prima: cem metros de paredes oscilantes e sinuosas. Elas concentram o que existe de mais moderno e de vanguarda em termos de construção civil.
Robô construtor
Um projeto, iniciado em outubro de 2005, terminou apenas uma semana antes do começo da Bienal de Veneza, aberta em 14 de setembro. Numa corrida contra o tempo, os pesquisadores, técnicos e estudantes do estúdio Gramazio & Kohler for Architecture and Digital Fabrication, do departamento de Arquitetura da ETH de Zurique, envolvidos na criação de um robô capaz de levantar muros sem colunas. Ele usa a lei da ação e da reação ao limite da possibilidade concreta.
O pedreiro cibernético realiza complicados cálculos matemáticos para empilhar os tijolos em angulações e alturas diferentes. Ele gasta 20 segundos para apoiar cada tijolo no outro, seguindo as instruções e os desenhos "impossíveis" para a mão do homem.
Assista à reportagem de Guilherme Aquino para o Swissinfo sobre ROB, o robô construtor
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