Experiência de família

O engenheiro Rodrigo Costa Rocha administra 16 imóveis residenciais e comerciais da família. A complexidade do setor o levou a fazer o curso de direito. “Antes da mudança na legislação, ninguém queria colocar imóvel residencial para alugar, o que criou uma crise no setor”, comenta. Felizmente, diz ele, a lei se ajustou à realidade, impulsionando transações residenciais e comerciais no Brasil. "Problemas sempre há. A partir do momento em que damos crédito, estamos sujeitos a isso", afirma.

Acostumado a lidar com os conflitos gerados pela retomada dos imóveis, ela mantém a aposta de que a "melhor saída é o acordo, sempre". O último problema que Rodrigo teve com inquilino foi resolvido na negociação. O locatário entregou o imóvel com três meses de aluguel em atraso e totalmente destruído. O acordo acabou sendo fechado sem o pagamento de juros e multa. "Perdi algum dinheiro, mas fiquei livre do problema e aluguei o imóvel de novo", explica.

A última experiência de retomada de imóvel na Justiça, relembra Rodrigo, foi julgada em Santa Bárbara, na Região Central de Minas. O processo foi demorado, mas teve final feliz com a reposição integral dos prejuízos pelo inquilino. "Ele teve de pagar taxas de sucumbência para advogados, arbitradas pelo juiz; custas do processo; o conserto do imóvel; e aluguéis em atraso com juros e correção", diz.

Para Rodrigo, o segredo para reduzir os riscos nos negócios no ramo da locação de imóveis é contar com orientação especializada, avaliar bem a ficha do candidato, ver qual empreendimento será criado no local e se ele tem experiência no ramo. "Infelizmente, a primeira despesa que as pessoas deixam de pagar quando a empresa vai mal é o aluguel", adverte.