A engenharia invisível

Seminário em São Paulo discute a importância e avanços no setor das fundações

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postado em 04/11/2008 17:09
Abef/Divulgação
Durante o processo de construção de qualquer imóvel, seja um arranha-céu ou uma casa pequena, o passo inicial é a fundação. Quando um cliente visita um apartamento modelo decorado, não imagina o que é preciso fazer para que ele esteja seguro à uma boa distância do chão.

Como está abaixo do solo, muitas vezes as pessoas não pensam na fundação depois de concluída a obra, mas ela é parte fundamental para garantir a segurança total do empreendimento. Responsável por suportar o peso de tudo aquilo que será erguido, a fundação se torna vital, e o conhecimento adequado da carga que deverá manter e como ela será distribuída é essencial para garantir sua estabilidade e segurança.

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O setor está bem posicionado dentro do contexto da construção no Brasil, representando 8% do PIB do ramo construtivo e 1% do PIB nacional, ainda como referência em know-how dividido com o mundo inteiro, segundo a Associação Brasileira de Engenharia de Fundações e Geotecnia (Abef).

Com o objetivo de incentivar a difusão do conhecimento técnico no país abordando temas como fundações profundas, responsabilidade em fundações e geotecnia, grandes escavações urbanas e riscos ambientais, a Abef realiza, até esta quarta-feira, o VI Seminário de Engenharia de Fundações Especiais e Geotecnia, em São Paulo, no Centro Fecomércio de Eventos, com a participação de especialistas renomados.

Diante da atual falta de mão-de-obra no setor, risco inerente para a produtividade e a segurança das edificações, os debates buscarão, entre outras coisa, alternativas emergenciais para solucionar o problema. O engenheiro presidente da ABEF, José Luiz Saes, fala desta importância de profissionais qualificados. "Toda e qualquer obra exige fundação e para realizá-las são necessários os serviços de profissionais especializados em fundação e geotecnia", observa.

Para trabalhar a fundação de uma obra, o engenheiro, especialista em geotecnia, faz uma análise técnica do terreno a fim de levantar os diversos elementos que compõem aquele solo, para então definir o tipo de fundação que é mais adequada para determinado local.

Os investimentos em fundações representam entre 6% e 12% de qualquer obra. Em alguns casos, atingem 60 metros ou mais de profundidade. "O setor tem uma história de sucesso que evoluiu, apesar dos anos de estagnação, e nos levou a exportar conhecimento. Por isso a preocupação da entidade em trazer à tona, neste SEFE VI, as nevralgias e curas para continuarmos retribuindo ao mercado com competência e credibilidade. Nosso próximo passo está na criação de um sindicato para fortalecer ainda mais nosso segmento", conclui o presidente.

Ele se refere à tramitação do Ministério do Trabalho da homolação do Sindicato das Indústrias de Engenharia de Fundações e Geotecnia do Estado de São Paulo, que irá regulamentar e fortalecer as atividades do setor.

O segmento abrange, ainda, atividades de transporte de equipamentos, logística de operações e manutenção de máquinas, além da própria execução.

Atualmente, os principais fabricantes de equipamentos são da Itália, Espanha, Alemanha, Estados Unidos e, mais recentemente, da Coréia.

Paralelamente à realização do SEFE VI, ocorre uma exposição tecnológica e de soluções para essa área da engenharia, com a participação de empresas de equipamentos e serviços do Brasil e do exterior.

Saiba mais informações no site da Abef.
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