Escolha o piso correto

O mercado oferece uma diversidade de opções em revestimentos. Tipo certo varia com ambiente e tráfego de pessoas

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postado em 28/11/2008 16:52
Jessé Guimarães Brito trocou o piso de casa duas vezes e agora está satisfeito com o de mármore - Gladyston Rodrigues/AOCUBO FILMES Jessé Guimarães Brito trocou o piso de casa duas vezes e agora está satisfeito com o de mármore
Uma casa bonita e bem decorada geralmente passa pela opção em pisos e revestimentos. Se escolhidos corretamente, deixam o ambiente (a cozinha, a sala, o quarto ou o banheiro) mais sofisticado e agradável. E optar pelo material adequado pode evitar muita dor de cabeça, como o desgaste com futuras reformas. Dentre os diversos tipos de pisos oferecidos no mercado, cada um apresenta um grau de resistência ideal para determinado local, considerando, entre outros fatores, o nível do tráfego de pessoas. Seja lajota, ardósia, cerâmica, cimento, madeira, porcenalato, pedras, assoalho ou carpete, a aplicação deve ser em áreas apropriadas às características de cada modalidade de piso, para suprir necessidades práticas e estéticas específicas.

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"Ao escolher um piso, deve levar-se em consideração a durabilidade (resistência mecânica e ao desgaste), estética e características anti-derrapantes, estas que devem ser observadas em superfícies externas e áreas molhadas, como a área de serviço, de lazer, varanda, cozinha, piscinas", explica o coordenador do Curso de Pós-Graduação em Construção Civil do Departamento de Engenharia de Materiais e Construção da EE.UFMG, Antônio Neves de Carvalho Júnior. Ele cita os pisos cerâmicos (usados em locais frios como banheiro, cozinha e área de serviço), cimentados (áreas externas, passeios e quintais) e de madeira (ambientes mais nobres, como quarto e sala) como os mais comuns, além dos laminados, de concreto, rochas ornamentais (granitos e mármore), e os têxteis (carpetes).

No aspecto técnico, a durabilidade (ou a manutenção do desempenho com o passar do tempo) de um piso cerâmico depende, na hora do assentamento, de escolher a argamassa colante e rejuntamentos corretos, que são variados de acordo com a carga polimérica relativa à elasticidade e aderência, pontua o professor. "Um piso ideal é com argamassa AC-II, em áreas de maior tráfego, e rejuntamento industrializado TIPO-II. Também é preciso prever juntas de movimentação e dessolidarização para grandes áreas, preenchidas com material elástico que permita movimentos termo-higroscópicos do piso, evitando trincas e deslocamentos". Ele também ressalta o cuidado com o espaçamento adequado das juntas, com largura ideal de acordo com as dimensões da peça cerâmica e do ambiente.

Jessé Guimarães Brito, de 73 anos, já trocou o piso de casa duas vezes. O revestimento de tábua corrida no apartamento antigo da Zona Sul da capital ficou danificado com um vazamento que inundou todo o imóvel. "Eu coloquei outro piso de tábua corrida, mas a madeira não estava seca
e, pouco tempo depois, empenou, as juntas abriram. Há cinco anos, quando resolvi reformar o apartamento, tirei o piso novamente e fiz umde mármore", conta, ele que investiu cerca de R$ 5 mil em 50 m² do novo revestimento, nas salas de estar e jantar. Jessé está satisfeito com a beleza e facilidade de limpar o mármore. "É polido, com camada impermeável, só um pano molhado limpa. A madeira tinha que encerar o tempo todo. Apesar de ser um piso frio na sala, o clima é quente, e também colocamos tapetes", diz, seguindo as tendências.

ADEQUADO Para os pisos cimentados, é importante a cura adequada e também a utilização de juntas em grandes áreas. Já para fazer um piso de madeira, é fundamental que ela esteja seca, porque a secagem após o assentamento provoca problemas de retratibilidade e empenamento. "Em áreas molhadas, é ainda importante que o piso tenha caimento adequado para os ralos, no mínimo 0,5% de inclinação", explica Antônio.
SXC.hu/Banco de Imagens

Os tipos laminados são feitos de fibras celulósicas com resinas fenólicas conformadas a elevada pressão e temperatura, com fina espessura entre 2 mm. Eles são usados em substituição aos revestimentos cerâmicos, opção para quem quer fugir da quebradeira, já que pode ser colado diretamente sobre o piso, com bons efeitos estéticos. O de concreto, chamado de laje nível 0, é feito com um sistema de fino acabamento no concreto, como o piso final. Já as rochas ornamentais, os granitos e mármores, em seus diversos tipos, estão mais presentes em obras de alto luxo. Existem também os pisos têxteis, como os carpetes.

"Dentre cada tipo de piso, há uma infinidade de opções em tamanho das peças, cores, texturas. Hoje é uma tendência usar o mesmo piso em vários ambientes, dando uma idéia de unidade e continuidade entre as áreas interna e externas, por exemplo", ressalta a arquiteta e decoradora Fernanda Drummond Diniz. Ela explica que em ambientes comuns, como varanda, sala, cozinha, são mais encontradas as rochas e pedras, enquanto as áreas íntimas pedem um piso mais quente, como os laminados, para trazer aconchego. "Mas hoje, com o clima cada vez mais quente, também pode se usar as pedras até mesmo no quarto. No caso das rochas, uma novidade atualmente é o limestone, uma rocha de origem calcária que está sendo muito aplicada em salas, lavabos, varanda e ambientes externos, em mais de uma cor, trazendo beleza". Para a manutenção correta dos pisos em rochas, é fundamental que eles tenham sido impermeabilizados, e a limpeza é feita apenas com pano úmido e alvejante neutro.

Para o porcelanato, a arquiteta cita uma infinidade de tipos, em tamanhos, cores e texturas, com preços variando mais de 800%, mesmo caso dos pisos cerâmicos, hoje oferecidos em diversos desenhos, formas e tons. Também as placas cimentadas são encontradas em diferentes colorações. "É mais comum o uso de tons mais claros para pisos, porque não limitam a decoração, são menos cansativos e dão noção de um ambiente mais amplo. Mas também encontra-se o preto em granito na cozinha, por exemplo", completa Fernanda. Na classificação dos preços, os granitos, rochas e mármores situam-se entre os pisos mais caros, os cimentados são os mais baratos, e outros tipos intermediários, sendo que os valores exatos entre os mesmos modelos hoje são extremamente variados.
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