Piscinas para todos os gostos

Escolha deve levar em conta, além de aspectos técnicos, características do terreno, tipo e freqüência de uso

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postado em 19/12/2008 19:13
Maria Tavares diz que modelos no mercado podem ser de concreto, vinil ou fibra de vidro - Gladyston Rodrigues/AOCUBO FILMES Maria Tavares diz que modelos no mercado podem ser de concreto, vinil ou fibra de vidro
Atualmente, ter uma piscina em casa ou no apartamento não é mais sinônimo de problemas com um elefante branco que fica ali ocupando espaço e demandando grande esforço de manutenção e limpeza. Ao contrário, para aqueles que buscam o conforto e o prazer dos banhos nos dias quentes de verão, o mercado oferece uma variedade de equipamentos, materiais, acessórios, técnicas de construção e tempo de instalação até de três semanas, a custos cada vez mais acessíveis. Estudiosos orientam que, além do preço, é importante considerar aspectos como o tipo de solo onde a piscina será construída, durabilidade, freqüência de uso e facilidade de manutenção. E nem sempre o investimento inicial mais econômico vai significar menos gastos no futuro.

O engenheiro Abdias Magalhães Gomes, 51, construiu há seis anos uma piscina em sua casa na região Sul de Belo Horizonte. A estrutura é de alvenaria e o bolsão de vinil, com 8 metros por 4 metros, e acabamento plastificado aplicado sob medida sobre o suporte. O engenheiro vê como a principal vantagem o preço bem mais baixo do que uma piscina de concreto, azulejada, com acabamento mais refinado. "Gastei R$ 5 mil, quando o outro tipo ficaria no mínimo o triplo do preço". Abdias destaca ainda a beleza e a manutenção mais em conta. Gasta R$ 120 para limpeza semanal, feita com a remoção da sujeira, filtragem e aplicação controlada do cloro para não danificar a superfície. "Outra vantagem de ter uma piscina em casa é que agrega valor ao imóvel", completa.

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Existem, basicamente, três tipos de piscina, como explica a sócia-proprietária da Onda Azul Piscinas, Maria Tavares Cordeiro de Mello. De concreto, vinil ou fibra de vidro, a escolha passa por diferenças em custo de implantação, manutenção e resistência. "A piscina de concreto ou alvenaria é a mais durável. Garante no mínimo dez anos sem preocupações. Têm piscinas que duram a vida toda sem precisar de reformas, quando bem construídas. Ela também pode ser feita em qualquer formato", explica Maria. A piscina de concreto também é a que menos sofre descoramento ou descolamento do revestimento oriundos da ação dos produtos químicos utilizados para tratar a água ou mesmo por causa do excesso de umidade. Este é também o tipo que requer maior tempo de obras e valor de construção mais elevado.

"Este investimento inicial mais alto é diluído com o tempo, pela alta resistência da piscina de alvenaria", acrescenta a designer de interiores Valéria Alves. Outro diferencial, continua, é a gama de possibilidades em revestimentos (em cerâmica, azulejos, pastilhas de vidro, porcelana e as atuais de resina), bordas e acessórios, proporcionado várias propostas estéticas. Como aponta Valéria, uma tendência para compor esses elementos é a mistura de cores clássicas e desenhos com tons vibrantes, nas bordas e fundo da piscina.

A piscina de vinil também pode ser instalada em qualquer formato, pela maleabilidade, com a vantagem na rapidez de implantação a um valor intermediário. "Mas é preciso mais cuidado para mantê-la, com o uso mais controlado dos químicos e equipamentos de tratamento que podem causar descoramento. Há ainda o problema com os furos na manta, que podem surgir após seis anos. Tem como remendá-los, mas, em alguns casos, é preciso trocar o bolsão inteiro. A economia inicial pode ser mais onerosa no futuro", orienta Maria.

As piscinas de fibra de vidro são as mais baratas, mas limitam-se aos formatos de fábrica, suportando no máximo 50 mil litros. Com durabilidade parecida com as de vinil (em torno de seis anos), a superfície também pode sofrer descoramento, encardimento da borda com uso exagerado de químicos, ou a ação do sol e da água. Maria Tavares lembra, porém, que a manutenção é a menos onerosa das três. "Uma nova pintura resolve o problema, e fissuras na fibra podem ser reconstituídas".
Raoni Tavares/Divulgação

"Para as piscinas de concreto, não há restrições quanto ao tipo de solo, mas se for necessário fazer uma estrutura muito cara para adequá-las, é melhor optar por outros tipos", continua Valéria. Já para as de vinil e fibra, em solos saturados, como os pedregosos e em brejos, a construção pode superar o valor de uma piscina de alvenaria.

Para a manutenção, Maria lembra que deve ser semanal, com equilíbrio químico, observando a faixa de PH ideal (entre 7,2 e 7,8) e cloro dosado para deixar a água saudável, sem causar irritações, com eficiência no controle de proliferação de bactérias (concentração de 1 a 1,5 miligramas por litro de cloro livre). Nas piscinas de concreto, é indicado o uso auxiliar de produtos como algicidas, escovação nos rejuntes para evitar acúmulo de lodo, e limpa bordas toda semana, além do cloro. Quando preciso, pode se utilizar clarificantes e reguladores de PH. O uso de cloro especial (60% de teor cloroativo e não flutuante para não chegar às bordas), algicida sem cobre e um rodo aspirador específico é indicado para as piscinas de vinil e fibra, que submetidas a excessos químicos podem descorar e descolar os revestimentos e bordas, explica. Em todas elas, a limpeza física é feita com aspiração da sujeira no fundo, escovação das paredes e fundo, e peneiração das folhas.

Valéria acrescenta que a localização da piscina em relação à casa e ao que está em volta é fundamental. Muito perto de árvores, as folhas caem facilmente na água, além da ameaça das raízes na estrutura. "Também é importante que não haja sombras em cima da piscina, mas nas áreas ao redor, porque a água fica fria. Outra dica em época de chuvas é manter a piscina coberta. Há diversas opções de tipos e tamanhos de coberturas no mercado".

FILTROS

Em relação a sistemas de filtragem e aquecimento, Maria lembra que vale a pena gastar um pouco mais para evitar dor de cabeça. "Os filtros mantêm a água limpa muito mais tempo, deixando-a leve, sem necessidade de trocar para limpar, e também diminuindo a necessidade de químicos". Já os aquecedores, que podem ser elétricos, a gás, trocadores de calor ou os mais modernos alimentados pela energia solar, a especialista alerta que cada um é indicado para um nível de volume de água, e a escolha deve considerar o consumo energético.

As novidades em acessórios vêm do setor luminotécnico. O uso de LEDs e a iluminação mais moderna feita com fibra ótica permitem efeitos estéticos interessantes com baixíssimo consumo de energia. As luzes de fibra ótica, como ressalta a sócia da Onda Azul, ainda têm o diferencial de retirar a eletricidade da água. Valéria lembra ainda que os reatores de LED proporcionam mistura de cores e intensidade de luz, que podem ser usados em tratamentos cromoterápicos, a valores parecidos às lâmpadas convencionais.
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