Livre das tralhas

Organização não combina com o acúmulo de tralhas e quem quer ter qualidade de vida em casa deve buscar seu objetivo começando pelo descarte dos objetos que não são mais úteis. "Ter uma casa bonita, bem-arrumada, organizada, limpa e totalmente funcional é o que a maioria das pessoas deseja. Mas, para isso, devemos aprender a fazer a limpeza dos ambientes e manter, em cada um deles, apenas o que for necessário", ensina Heloisa Sundfeld, diretora da Help Personal Assistant, empresa paulista especializada em consultoria doméstica.

Ela observa que, muitas vezes, temos objetos em casa que não usamos, como brinquedos, alto-falantes de um sistema de som que já foi substituído, roupas que não servem, óculos com graduação ultrapassada, equipamentos de jardim e até acessórios de carros, que se amontoam nos armários e gavetas, e transbordam para os ambientes, prejudicando sua organização e limpeza. "Tudo isso pode e deve ser doado ou descartado, dependendo do seu estado de conservação", afirma.

O psicoterapeuta Chris Allmeida, especialista em feng shui, uma arte milenar chinesa de harmonização energética, recomenda a doação ou descarte desses objetos sem uso, mesmo que eles tenham significado especial para os moradores da casa, e dá uma dica importante a quem não consegue se desligar de alguma tralha. "Costumo indicar a essas pessoas que fotografem os objetos aos quais elas se apegaram para que, então, se desfaçam deles. As fotos reterão para sempre essas imagens cheias de calor e sentimento e poderão ser armazenadas numa fração do espaço que os objetos ocupavam".

Ao organizar a casa, deve-se dar atenção também aos objetos quebrados. Chris Allmeida lembra que as coisas que precisam de conserto drenam a energia de seus donos. "Isso se deve ao fato de que, energeticamente falando, tudo o que você tem fica sob o manto dos seus cuidados e da sua proteção. Você poderá tentar não pensar ou esquecer desses objetos quebrados, mas a sua mente subconsciente se mantém informada sobre eles e sempre que se deparar com um deles sua energia vai cair", afirma.

Já Heloisa Sundfeld considera que é necessário analisar se é mais interessante consertar o objeto quebrado ou adquirir um produto novo, sob a ótica da relação custo/benefício da compra ou conserto. "Pense no fato de que consertar as coisas e melhorar sua casa é um investimento em você mesmo e, se existe alguma coisa que não justifica o aborrecimento de consertar, então se livre dela. Agora, se for algo realmente necessário, adquira um produto novo".