Medidas do governo animam setor

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postado em 13/04/2009 15:06
Sebastião Soares, presidente da Habitare - Gladyston Rodrigues/AOCUBO FILMES" title="Gladyston Rodrigues/AOCUBO FILMES" /> "Não posso dizer que fui surpreendido pelos resultados, porque sempre fui otimista" - Sebastião Soares, presidente da Habitare
As medidas do programa Minha casa, minha vida, de incentivo à construção, lançado no mês passado pelo governo federal, podem provocar o incremento na comercialização dos imóveis na planta ainda este ano, consideram os empresários do setor. Os subsídios governamentais para a compra da casa própria para as famílias com renda de até três salários mínimos, a ampliação do limite dos financiamentos, que agora cobrem imóveis de até R$ 500 mil, e a desoneração fiscal dos fornecedores de matérias-primas para a construção são as medidas que, na avaliação dos empresários, podem fazer a diferença para o setor.

"O plano foi muito bem recebido pelo setor, porque beneficia as classes mais baixas da população, onde temos a maior demanda reprimida, e, por isso, vai dar um impulso à construção", diz o diretor regional da Rossi em Minas, Frederico Kessler. Ele afirma que a empresa está bem preparada para aumentar a sua participação no segmento econômico, de 30% para 50% do total de empreendimentos lançados, aproveitando os incentivos dados pelo governo.

"Temos uma ampla experiência no segmento, marcada principalmente pelo trabalho que desenvolvemos na década de 1990, com o Plano 100, produtos consagrados na faixa de preços de até R$ 120 mil, e um estoque de terrenos adequado a este tipo de empreendimento. Portanto, estamos preparados, como poucas empresas no mercado, para absorver essa oportunidade", assinala Kessler. Nos planos da empresa estão lançamentos de residenciais no vetor Norte de crescimento de Belo Horizonte. "Temos projetos para a Região Norte da capital e para municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte", adianta.

Na avaliação do vice-presidente de Finanças e de Relação com os Investidores da MRV Engenharia, Leonardo Corrêa, o programa do governo é bem fundamentado, propõe uma série de ações coordenadas das várias esferas de governo para o incremento da construção civil, e vai aumentar o nível de atividade do setor, ainda com uma participação pequena no total do Produto Interno Brasileiro (PIB). "O governo levou tempo, mas soube identificar os gargalos que impedem o aumento do nível de atividade da construção e anunciou medidas coordenadas em vários campos e níveis que podem levar à diminuição do custo da produção das moradias e à ampliação do crédito para o consumidor, facilitando assim o acesso das pessoas à casa própria. O programa é o primeiro passo de uma caminhada na direção correta", afirma.

Para Corrêa, as medidas já poderão apresentar reflexo no mercado este ano e também favorecer os negócios da MRV. "A companhia é focada em empreendimentos para famílias com renda mensal de três a 10 salários mínimos e certamente as medidas vão influenciar positivamente na nossa velocidade e volume de vendas. Mas, ainda é cedo para avaliar o tamanho desse impacto", diz. Na Construtora Habitare, o presidente Sebastião Sidney Soares diz que a ampliação do valor máximo dos imóveis que podem ser financiados, de R$ 350 mil para R$ 500 mil, é a medida mais comemorada. "Nossa empresa não depende das linhas de crédito bancário, já que oferecemos financiamento direto ao cliente.

Mas, como nossos produtos estão nessa faixa de preço, a medida abre para nós a possibilidade de atrair o cliente que precisa de um financiamento com prazo maior do que aquele que podemos oferecer diretamente", explica.

A redução de 5% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os materiais de construção é outra medida apontada como inteligente pelo presidente da Habitare. "O percentual não é volumoso, mas pode compensar os reajuste feitos por alguns segmentos da indústria de materiais nos últimos meses, o que reduz um pouco o custo da construção. Além disso, temos o efeito psicológico da medida para o consumidor, que fica mais disposto a comprar. Um exemplo desse efeito é o da indústria automobilística, que com uma redução pequena de IPI retomou o ritmo de vendas", observa.
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