Novo conceito de moradia

No modelo de casa universal divulgado pelo Instituto Brasil Acessível (IBA), há um gasto maior do que nas obras convencionais nas instalações hidráulicas, elétricas, esquadrias, pintura e serviços complementares. Segundo especialistas do IBA, nos outros itens o valor permanece o mesmo.

Na instalação hidráulica, o custo extra vem da necessidade de tubulação para instalação dos pontos de registros do chuveiro opostos à ducha e representa um aumento de 0,16% no valor total de uma construção de luxo. Em uma moradia padrão popular, esse acréscimo representa 1,8%.

Para a instalação elétrica, o gasto adicional é gerado pelos pontos de energia a mais para necessidades futuras, com um acréscimo de 0,2% no custo total da obra para construções de padrão elevado e 0,5% para os modelos populares.

A casa universal dá prioridade a esquadrias de alumínio ou PVC, que são mais fáceis de manusear e de conservar do que a madeira. Para as portas mais largas, principalmente para banheiros, não há custos extras e vãos maiores permitem, ainda, redução no gasto com alvenaria e revestimento. Na hora da pintura, a dica é substituir a cor branca, que ofusca a visão, pela tinta colorida, o que, para moradia popular, aumenta em 0,08% o custo da obra.

O gasto maior, segundo dados do IBA, é dos componentes para a adaptabilidade, como corrimão em dois níveis, previsão para instalação de elevador e motorização de tampos, elementos que não entram em obras tradicionais. Para moradia de alto padrão, estima-se que estes componentes elevem o custo da obra em 2,5%. Para moradia popular, o acréscimo será de 0,75%.

A arquiteta Ana Paula Costa destaca que a adaptação de imóveis prontos não é o ideal, mas leva a resultados muito bons. "Hoje temos tecnologias que tornam inclusivos muitos espaços, substituindo elementos de uso limitante, como portas, pisos e janelas".