Tetos remodelados

Júnia Leticia

Transformar os ambientes da casa, conferindo novo estilo, que revela a identidade dos moradores. A colocação de molduras e o rebaixamento de tetos são boas alternativas para quem quer alterar o visual do imóvel. Gesso, PVC, madeira de demolição e cortiça são só alguns dos materiais que podem mudar completamente os ambientes. Para quem pretende dar um toque no teto de casa, os rebaixamentos estão cada vez mais simples nas formas e destacam-se pelo uso da iluminação. Já as molduras, em seus mais variados designs, adornam paredes, tetos, portas, colunas e móveis, podendo ter várias profundidades. Elas podem embutir a luz, dando acabamento e grande efeito visual.

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Além do aspecto estético, segundo a decoradora Patrícia Satler, as molduras também são usadas para passagem de fios pelos cantos da parede, para corrigir imperfeições e como cortineiros. "Os tetos devem ser rebaixados quando precisamos de uma iluminação pontuada, de passagem de cabos, dutos, entre outros, e também para criar um ambiente mais limpo", explica. Ela acrescenta que no próprio rebaixamento podem ser criadas, ainda, luminárias. "Com criatividade, esse recurso fica personalizado e econômico", completa.

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Atenção ao preço e ao prazo

O diretor da D&A Arquitetura, Fernando Dutra, confirma a necessidade de utilização de molduras para esconder algum equipamento, fiação ou tubulação. O resultado, de acordo com ele, pode ser de limpeza visual ou de várias profundidades e formas. "O rebaixamento de tetos também pode criar um ambiente mais confortável do ponto de vista da acústica e da temperatura", comenta. O engenheiro civil da Resicon Construtora e Representações Antonio Brasiliense também destaca o efeito decorativo das molduras. "Elas podem ser colocadas diretamente no teto ou no rebaixamento".

Para a técnica, há uma série de materiais que podem ser usados. Gesso, PVC, lambri de madeira, fibra natural, MDF, placas de cortiça, madeira de demolição e laminados são algumas das opções apresentadas pela decoradora Patrícia Satler. "O de PVC é mais barato, dispensa pintura e a instalação é mais rápida. Entretanto, ele confere um aspecto comercial à obra", explica. O forro de gesso é apontado por ela como o recurso que deixa a aparência do teto mais limpa, além de facilitar a instalação de luminárias, caixas de sons, entre outros. "As desvantagens são os transtornos na instalação, como o pó gerado pelo gesso". Os forros de fibra natural, madeira, tecidos, cortiça têm como vantagem a beleza e a originalidade. Entretanto, são mais caros e duram menos.

VERSÁTIL

O diretor da D&A também aponta o gesso acartonado como o mais utilizado. Composto por um miolo de gesso e aditivos, ele é envolto por uma espécie de cartão especial. A soma destes elementos, resistentes a esforços de compressão, resulta em uma superfície de revestimento ideal para acabamento, onde podem ser fixados pregos e parafusos, serrar e trabalhar para confecção de infinitas formas, inclusive superfícies curvas. "Seu custo é baixo se comparado aos outros materiais. Outro material que se compara a ele é o forro em PVC, mas suas possibilidades de uso são menores", conta Fernando Dutra.

Além dos materiais mencionados pela decoradora, o engenheiro civil Antonio Brasiliense cita a fibra mineral, utilizada em imóveis comerciais, e o poliestireno (isopor) para se fazerem molduras. Com relação ao gesso, ele diz que o material tem a vantagem de possibilitar fazer um modelo sob encomenda, de acordo com o que o cliente determinar. "É só desenhar e mandar fazer em lojas que trabalham com fundição de peças em gesso". A desvantagem do material é a fragilidade. "As placas de gesso trincam muito", completa.