Obras ajudam país a crescer

Grandes incorporadoras voltam a comprar terrenos para projetos residenciais e comerciais apostando nas transformações profundas que devem ocorrer em Belo Horizonte até 2014

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postado em 12/11/2009 15:02 Humberto Siqueira /Estado de Minas
Hélio Dourado, CEO da Construtora Premo, diz que empresa pretende dobrar a capacidade de produção - Eduardo Silveira/Divulgação Hélio Dourado, CEO da Construtora Premo, diz que empresa pretende dobrar a capacidade de produção
Ao projetar o futuro, os empresários da construção civil têm realmente razões para estar motivados como nunca. Até 2014, transformações profundas devem ocorrer na cidade. Novos hotéis serão erguidos, obras de infraestrutura urbana e viária, reformas nos estádios Mineirão e Independência, uma política de crédito imobiliário que está realmente funcionando, programas governamentais como Minha casa, minha vida e até o pré-sal vão estimular o setor em terras mineiras.

Hélio Dourado, CEO da Construtora Premo e presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento do Estado de Minas Gerais (Siprocimg), espera que essas obras sejam um impulso para o país crescer e se consolidar. "Na Premo, vamos abrir outra planta industrial e aumentar a capacidade de produção em 50%, investir em tecnologia, inovação e sustentabilidade. Nossa expectativa é de crescer 20% ao ano", prevê.

Com um processo de produção todo racionalizado, a Premo tem na solução construtiva para a área industrial seu principal negócio, mas quer crescer no setor habitacional. "Creio que as áreas urbanizadas estão cada vez mais restritas, forçando uma migração de empreendimentos para a região metropolitana da capital. Além da tendência óbvia de investimentos no Vetor Norte", avalia.

Para empreendimentos residenciais, a garagem assume um papel cada vez mais relevante. Com três quartos, o mínimo são duas vagas. Com quatro quartos, ao menos três vagas, embora a demanda para quatro ou cinco já seja crescente. "Uma família tradicional de um casal com dois filhos vai ter quatro carros. E, de repente, vai precisar de uma quinta vaga para um carro de coleção ou um para ir ao sítio", prevê o vice-presidente da área imobiliária do Sindicado da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), José Francisco Couto de Araújo Cançado.

Em relação à área de lazer, existem duas formas de interpretação pelos clientes. Uns não fazem questão de muitas opções e se satisfazem com o trio piscina, sala de ginástica e salão de festas. Acreditam que, assim, podem ter uma taxa de condomínio menor. Outros querem o máximo possível, como quadra poliesportiva e de tênis, sauna, playground, garage band, entre outras opções disponíveis em alguns empreendimentos com maior espaço.

RIGOR

Para ser viável, o prédio comercial precisa ter entre 10 e 15 andares, mais quatro pisos de estacionamento. Caso contrário, teria um condomínio muito caro. O licenciamento ambiental avalia questões como impacto no trânsito, na área verde do local, nas redes de esgoto e de água. Mas, em geral, prédios comerciais são erguidos em locais onde antes já existiam de duas a três casas, especialmente em áreas centrais com boa infraestrutura urbana.

Grandes incorporadoras voltam a comprar terrenos para obras residenciais e comerciais. Entretanto, a dificuldade para o licenciamento de prédios comerciais pode acabar por não estimular tantos empreendimentos em 2010.

Levantamento do Sinduscon-MG com 1,2 mil entrevistados apontou que 27,7% deles pretendem comprar um imóvel; desses, 7,9% já em 2010. Metade aponta ter capacidade de pagar prestações entre R$ 251 e R$ 500. Os participantes da pesquisa, em todas as faixas de remuneração, também destacam localização, acabamento e tamanho, nessa ordem, como critérios de escolha do imóvel.

O crescimento do setor também traz preocupações. Para Hélio, os empresários precisam se unir para evitar inflação. "Há uma necessidade de investirmos em capacitação de mão de obra e em boa comunicação para mantermos o equilíbrio do mercado nas compras de matérias-primas. Além de coordenação para evitarmos um descontrole no preço dos suprimentos", pondera.

Um entrave na expansão do setor é a obtenção de terrenos, ainda maior na Zona Sul. "Nessa região, além de os preços terem subido, há muitas restrições de projeto. Seja por tombamentos culturais ou no licenciamento ambiental, principalmente para imóveis comerciais com mais de 6 mil metros quadrados. Assim, a liberação do terreno pode levar de 12 a 18 meses".
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