Vida de condomínio: Manutenção da piscina

Com temperaturas em alta, as piscinas são as vedetes das áreas de lazer dos condomínios. Para garantir o divertimento, sem riscos à saúde dos moradores, os síndicos e administradores devem realizar a manutenção periódica das estruturas físicas e dos equipamentos das piscinas e ainda assegurar a qualidade da água, com tratamento adequado. O cuidado evita a proliferação de doenças, como as indesejáveis micoses, e ainda minimiza o risco de acidentes, como intoxicações e cortes em revestimentos que se soltam das bordas, paredes e pisos da piscina.

De acordo com Maria Tavares Cordeiro de Mello, sócia-proprietária da Onda Azul Piscinas, que presta serviços de manutenção de piscinas para mais de 100 condomínios de Belo Horizonte e de cidades vizinhas, o primeiro cuidado a ser tomado pelo condomínio para que as piscinas se mantenham bonitas e limpas é a contratação de mão de obra especializada para a sua manutenção. "Somente os profissionais especializados têm conhecimento e experiência para prever e resolver problemas. Hoje, ainda é muito comum que a manutenção das piscinas em condomínio seja feita por um zelador. Mas os riscos são grandes, tanto para a eficiência do serviço, quanto para a preservação da saúde do funcionário e dos usuários das piscinas", alerta.

Ela observa que, para o tratamento da água das piscinas, é preciso conhecer bem os produtos químicos usados no serviço, como cloro, reguladores de pH e algicidas, e saber dosá-los e manipulá-los com segurança. "Uma dosagem errada pode tornar o trabalho inócuo para o combate à proliferação de bactérias na água, ou pior, causar a intoxicação de quem usa a piscina. Além disso, a manipulação dos químicos requer cuidados, como uso de luvas e outros equipamentos de segurança, tanto que o funcionário que a executa deve receber um abono de insalubridade. Condomínios que colocam zeladores ou outros funcionários para a realização do trabalho estão sujeitos inclusive a processos na Justiça do Trabalho caso não paguem a eles essa taxa de insalubridade."

Maria considera que a periodicidade para a limpeza das piscinas varia de acordo com o uso e o tamanho. "Em condomínios resorts, onde há muitas piscinas e com uso intenso, é preciso executar o trabalho três vezes por semana para garantir a sua eficiência. Já um condomínio pequeno, com apenas uma piscina, com até cinco metros de comprimento por três metros de largura, a manutenção pode ser feita uma vez por semana", calcula.

O trabalho, informa a sócia-proprietária da Onda Azul Piscinas, inclui uma vistoria das estruturas físicas e dos equipamentos da piscina, para a identificação de eventuais problemas, que são informados ao síndico ou administrador para que providenciem a correção; a limpeza física das instalações e o tratamento da água. "Sempre que a empresa for chamada para fazer o orçamento do serviço, deve executar um check list das instalações e dos equipamentos e apresentar ao condomínio sugestões para a correção de problemas e substituição de equipamentos, se for o caso. Se ela não puder resolver o problema identificado, deve indicar prestadores de serviço ou fornecedores habilitados para a tarefa."

Da limpeza física da piscina, detalha Maria, constam etapas como a escovação de paredes, higienização das bordas, peneiração e aspiração de resíduos. Já para o tratamento da água, deve ser feito o ajuste de seu pH e a desinfecção com cloro, além da aplicação de algicidas. "Nos condomínios em que as piscinas ficam cobertas por capas, elas devem também ser lavadas pela empresa, para que os resíduos nelas acumulados não caiam na piscina. De nada vai adiantar limpar a piscina e tratar a sua água se for colocada sobre ela uma capa suja. Todo o trabalho é perdido", avisa.

O preço cobrado pelas empresas especializadas em manutenção de piscinas varia de acordo com o condomínio e é influenciado por fatores como número, dimensões, capacidade e localização das piscinas. "Na Onda Azul, fazemos contratos anuais, com pagamentos mensais, a partir de R$ 120, para condomínios com apenas uma piscina", diz. Ela lembra que as empresas prestadoras de serviço devem deixar na portaria do condomínio um livro, para o registro do trabalho realizado em cada visita, além de fornecer à administração do condomínio relatórios e notas fiscais do serviço.