Combate ao déficit habitacional

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postado em 26/11/2009 17:51 Humberto Siqueira /Estado de Minas
Para o diretor da Tenda, Vinícius Diniz, programa ajuda a uma grande parcela da população que não tinha acesso ao crédito - Thiago Ribeiro da Costa/Divulgação Para o diretor da Tenda, Vinícius Diniz, programa ajuda a uma grande parcela da população que não tinha acesso ao crédito
A meta do programa Minha casa, minha vida é construir 1 milhão de moradias para famílias com renda mensal de até 10 salários mínimos. O objetivo é reduzir em 14% o déficit habitacional no país, estimado em 7,2 milhões de unidades, com investimento federal de R$ 34 bilhões. E a iniciativa está se mostrando válida. A construtora Tenda, por exemplo, recebia 200 cadastros por dia em seu site de clientes com propostas de compra. No dia do lançamento do programa, recebeu 3 mil. Atualmente, são 5 mil interessados.

Na avaliação do diretor regional de vendas da Tenda, Vinícius Diniz, o programa deu oportunidade de aquisição a uma grande parcela da população que não tinha acesso ao crédito. "Para aproveitar o momento, temos feito feirões de fins de semana, com vendas às sextas-feiras, sábados e domingos. E, em alguns casos, premiando compradores com um eletrodoméstico, que pode ser televisão, geladeira, computador ou fogão. O mercado está muito bom. Não tivemos crise para imóveis de valor mais acessível. Inclusive, nosso resultado este ano vai ser melhor do que em 2008", afirma.

A empresa tem aproximadamente 800 unidades disponíveis e vai lançar mais de 1 mil até o fim do ano. Atua na Grande BH e em Juiz de Fora, Sete Lagoas, Governador Valadares e Uberlândia. "Esperamos vender 500 unidades até o fim de dezembro. O programa é um impulso muito importante. Hoje, 95% do nosso negócio se dá dentro do limite dos até R$ 130 mil estabelecidos", revela.

Entre algumas possibilidades de benefícios do programa estão pagamento da 1ª prestação somente na entrega do imóvel; pagamento opcional de entrada, nos casos de financiamento; comprometimento máximo de 20% da renda para financiamento; fundo garantidor; barateamento do seguro desoneração de custos cartoriais; redução da alíquota do Regime Especial de Tributação da Construção Civil (RET), de 7% para 1%, substituindo a incidência do PIS, Cofins, IRPJ e CSLL.

Outra vantagem é que, em caso de perda de emprego, o seguro protela em até 36 meses o pagamento das parcelas do financiamento, desde que o segurado tenha efetuado o pagamento de seis meses para a Caixa. Com o pacote, também houve o barateamento do seguro por invalidez, morte e danos físicos em dois terços do valor, diminuindo as parcelas, além de taxa de juros entre 5% e 8,16% ao ano.

LAR, DOCE LAR

Com os incentivos oferecidos pelo programa, o auxiliar técnico e administrativo Willer Pereira conseguiu comprar seu primeiro imóvel. Um apartamento que custaria R$ 90 mil acabou sendo vendido por R$ 73 mil. "Encontrei o apartamento onde queria, no Bairro Alvorada, em Contagem. E a prestação não vai me sufocar. Será próxima de R$ 250, além de ser decrescente", comemora. "Creio ter feito um bom negócio. As explicações foram muito bem repassadas, de forma clara e ágil. Consegui compreender os benefícios trazidos pelo programa. Pretendo me mudar em 15 meses".

Conforme detalha o diretor comercial da MRV, Rodrigo Colares, a maior parte das pessoas que está procurando um imóvel é aquela que quer sair do aluguel e comprar a primeira casa própria. "Mas também temos investidores que se encaixam nas exigências governamentais. Com a possibilidade de alterar a Lei de Uso e Ocupação do Solo para BH, os imóveis comprados neste momento certamente terão uma valorização muito grande. Isso porque aqueles lançados depois da lei oferecerão um aproveitamento menor por um mesmo terreno, o que os tornará mais caros", esclarece.

Com possibilidade de financiar até 100% do valor do imóvel, o consumidor pode pagar uma prestação bem pequena até o bem ficar pronto. Assim, o comprador poderia se mudar, ficar livre do aluguel e então passar a pagar uma mensalidade maior. "Antes do programa, um financiamento de 30 anos poderia ter prestação de R$ 900. Com o Minha casa, minha vida, o mesmo imóvel teria prestação de R$ 500", calcula Rodrigo.
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