Saiba escolher a espécie

Antes de se decidir entre os vários tipos de plantas que podem ser utilizadas nas cercas vivas é preciso saber as características de cada uma e o uso que será feito da divisória

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postado em 06/12/2009 15:11 Júnia Leticia /Estado de Minas
As paisagistas Cleu Ramos e Bettina Engel dizem que especialistas qualificados devem ser contratados pelo dono do imóvel para definir vegetação adequada - Gladyston Rodrigues/Ao Cubo Filmes As paisagistas Cleu Ramos e Bettina Engel dizem que especialistas qualificados devem ser contratados pelo dono do imóvel para definir vegetação adequada
Além do cuidado na escolha das plantas e da finalidade de uso de cada uma delas, de acordo com suas características, o solo e o clima da região onde serão plantadas também devem ser considerados para que elas possa se desenvolver em sua plenitude. Nos jardins residenciais podem ser usadas espécies que exijam mais cuidados, como adubações frequentes, podas e controle de pragas.

A dica é dada pela professora de paisagismo nos cursos de arquitetura e urbanismo e design de interiores da Universidade Fumec, Virgínia Caetano, que enumera algumas espécies usadas para se fazer cercas vivas. "Há espécies arbóreas e arbustivas, como a aglaia, o ligustrinho, o bambuzinho amarelo e a esponjinha e mais uma grande variedade de plantas do mesmo grupo", exemplifica.

O paisagista e ambientalista Caio Zoza também aponta as trepadeiras e árvores de pequeno porte, podadas na altura que se desejar, como opções para cercas vivas. "Cabe ao paisagista avaliar o contexto e definir com o proprietário do imóvel a melhor planta a ser utilizada", diz.

Quando o objetivo da cerca viva for somente dividir caminhos, ambientes ou áreas, podem ser usada espécies de menor porte, como as herbáceas. "Esse grupo de plantas é muito numeroso, podendo destacar-se as alpínias, o camarão vermelho ou o capim dos pampas, muito utilizado pelo mestre Burle Marx", conta Virgínia Caetano.

As trepadeiras também podem ser usada, desde que tenham suportes como grades, muros ou telas onde possam se apoiar, como explica a arquiteta. "Neste caso podem ser citadas a sete léguas, com seus ramos vigorosos e cachos de flores cor de rosa durante o ano todo, ou o cipó de são joão, que colore o inverno com suas flores alaranjadas".

Outras espécies que também podem fazer parte das cervas vivas são as palmeiras. Dentre elas, destaca-se a areca bambu, que forma uma barreira densa desde a base. "Essa palmeira, quando plantada a pleno sol, fica com as folhas mais amareladas e, quando a meia-sombra, suas folhas são mais verdes e brilhantes. Por ter raízes agressivas e densas, devem ser evitadas nas cercas vivas dos jardins sobre laje", descreve.

FLORES E FRUTAS

O paisagista Caio Zoza diz que, em seus projetos, também gosta muito de usar espécies floríferas como o hibisco e a bouganville, que têm cores variadas. "Também utilizo a thumbergia ereta com flores azuis, que tem crescimento relativamente rápido, o malvavisco de flores vermelhas e o jasmim amarelo, um arbusto que cria um belíssimo efeito como cerca viva".

As frutíferas, apesar de pouco usadas no Brasil, são outra ótima opção. "Na Califórnia, nos Estados Unidos, encontramos diversas cercas vivas com frutíferas, inclusive de origem brasileiras. Entre elas, pitanga, cereja, uva, maracujá e o café, que tem lindas flores brancas, frutos verdes que mudam de cor até o ficarem pretos e folhagem brilhante", diz Caio Zoza.
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