Reajustes chegam a 20%

Empresas de administração de imóveis aumentam carteira de casas e apartamentos alugados em 2009. Rentabilidade para o investidor supera as aplicações financeiras

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postado em 04/01/2010 10:03 Denise Menezes /Estado de Minas
 Mônica Ximenes, diretora da Silvio Ximenes - Fotos: Gladyston Rodrigues/ESP.EM" title="Fotos: Gladyston Rodrigues/ESP.EM" /> "A partir de março, o mercado começou a se recuperar e fechamos o ano com resultado melhor que o de 2008" - Mônica Ximenes, diretora da Silvio Ximenes
A administração de contratos de locação rendeu bons negócios para as imobiliárias da capital no ano passado. "Foi um ano muito bom, porque a rentabilidade do imóvel alugado alcançou e, em muitos casos, superou a remuneração das aplicações financeiras e do mercado de capitais, o que atraiu mais investidores", diz Cinezio Geraldo Pereira, diretor da Atlântica Assessoria Imobiliária, empresa que administra a locação de cerca de mil imóveis em Belo Horizonte.

Segundo ele, mesmo com um crescimento em torno de 27% da oferta para o aluguel de imóveis residenciais, a demanda manteve-se mais alta e os contratos fechados e renovados pela empresa no segmento tiveram um aumento médio do valor mensal de 14%, sobre o preço médio do aluguel praticado em 2008, oferecendo ao investidor/proprietário uma rentabilidade mensal média de 0,6%, mais a valorização do bem, que em 2009 foi de 15%, na média, para os imóveis administrados pela Atlântica. "Já no segmento da locação comercial, a oferta foi negativa aqui na empresa, com exceção dos galpões menores, com área menor que 5 mil metros quadrados, cuja oferta cresceu entre 20% e 25%", diz.

Com oferta bem aquém da demanda para a locação de imóveis comerciais, novos contratos e a renovação de antigos foram negociados na empresa com valor do aluguel entre 18% e 20% mais alto que os preços praticados em 2008. "Não tenho uma estatística precisa sobre a rentabilidade mensal do imóvel comercial, mas, em média, 0,8% sobre o valor investido na compra do bem é uma remuneração aceitável", calcula. Entre os tipos de imóveis comerciais mais procurados entre os clientes da empresa, destaca Cinezio, estão as lojas, as salas e os andares corridos e, entre os residenciais, apresentaram maior demanda os apartamentos de um e dois quartos.

Na RB Imóveis, informa seu diretor, Reinaldo Branco, os negócios da área de locação também cresceram em 2009. "Tivemos um período de estagnação nos primeiros três meses do ano, um reflexo da crise, mas a partir de abril os negócios entraram em trajetória de crescimento, e a demanda foi mais expressiva, a partir de julho, quando o governo anunciou o resultado do PIB do primeiro semestre, que mostrou que a economia estava fluindo bem", observa.

Embora tenha notado aumento da oferta de imóveis residenciais em 2009, Reinaldo afirma que ela ainda é insuficiente para atender à procura. "Como a economia brasileira reagiu rapidamente diante da crise, a demanda continua muito aquecida e temos um déficit de imóveis para locação. Há muita dificuldade para atender o cliente nos dois segmentos - residencial e comercial."
Reinaldo Branco, da RB Imóveis, afirma que a demanda foi mais expressiva a partir de julho, com a retomada econômica - Reinaldo Branco, da RB Imóveis, afirma que a demanda foi mais expressiva a partir de julho, com a retomada econômica

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No segmento residencial, assinala o diretor da RB, faltam apartamentos de dois quartos, e no comercial quase não existe oferta de andares corridos acima de 200 m², conjuntos de salas com área entre 50 m² e 100 m², e de lojas entre 40 m² e 60 m², localizados em áreas de grande concentração comercial, como o Centro e a Savassi, ou em áreas de comércio local nos bairros. Com isso, acrescenta Reinaldo Branco, os contratos de aluguel fechados ou renovados pela empresa em 2009 apresentaram um acréscimo médio de 20% sobre os valores cobrados em 2008.

Na Silvio Ximenes Imóveis, informa a diretora da área de Locação, Mônica Ximenes, a carteira de imóveis alugados cresceu 15% no ano passado, em comparação com 2008. "Tivemos performance abaixo da expectativa em janeiro e fevereiro, tanto que investimos em fidelizar o cliente, mantendo o que já tínhamos. Mas, a partir de março, o mercado começou a se recuperar e fechamos o ano com resultado melhor que o de 2008", afirma.

A oferta de imóveis residenciais cresceu na empresa, garante Mônica, em torno de 25%, na comparação com o número de unidades disponibilizadas em 2008, mas a demanda foi ainda maior. "A oferta é restrita de quase todo tipo de imóvel. Como trabalhamos com público classe A, a demanda maior é por imóveis residenciais na Região Sul, onde é quase impossível encontrar, por exemplo, boas casas para o aluguel. Já no segmento comercial, temos uma oferta restrita de andares corridos, salas pequenas com vaga de garagem e de galpões", acrescenta.
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