Uma empresa de Lambari, no Sul de Minas, desenvolveu um aquecedor solar de aço inox de tecnologia pioneira no país. O produto aumenta a eficácia do aquecimento convencional, já que possui um gás com uma propriedade química que absorve calor do ambiente. "Essa energia passa por um permutador e é descarregada na água. Funciona mais ou menos como um gás de geladeira", explica o engenheiro mecânico Waltemir Teixeira Júnior, sócio-gerente da Solary. A economia pode ser de até 90% no uso do chuveiro elétrico.
Vantagens
Assim, enquanto o aquecedor tradicional absorve o calor do sol de forma direta, o aquecedor desenvolvido consegue captar esta energia também de forma difusa. "O nosso sistema pode ficar em qualquer posição que vai funcionar. O tradicional necessita de uma inclinação de 30 graus para ter perfeita absorção do calor do sol e tem que estar virado para o Norte, o que pode ser um problema com um projeto arquitetônico onde a casa é virada para o sul", salienta.
Outros fatores favorescem o sistema: o boiler (caixa para acúmulo da água) é feito de aço inoxidável e não de alumínio anodizado e as placas de 1,40 metros por 60 cm pesam apenas dois quilos, contra 16 dos outros produtos. Num sistema para aquecer 700 litros vão duas placas no telhado contra cerca de dez no sistema tradicional. O resultado é que o telhado não é forçado com o peso. Para completar, a ausência de vidro nos painéis permite maior durabilidade do equipamento, já que chuvas fortes ou de granizo não danificam as placas.
Preço
Com representação em Minas e em São Paulo, a fábrica de Lambari já fabrica para o consumidor final. O menor kit fabricado é para 200 litros de água quente e o maior é de mil litros. O equipamento montado, com todos os acessórios para a ligação - fora instalação hidráulica - no kit de 200 litros custa R$ 2.600. Segundo Waltemir, o preço do aquecedor mineiro é similar aos aquecedores convencionais.