O programa
Minha casa, minha vida foi prorrogado até 2014 e a nova versão prevê a construção de 2 milhões de moradias. O projeto, que beneficia famílias que querem comprar imóvel novo de até R$ 130 mil, foi lançado em março de 2009 e foi posto em prática em 13 de abril do ano passado, com orçamento de R$ 34 bilhões. A promessa era de financiar 1 milhão de moradias até o fim deste ano. A meta inicial era que Minas Gerais ficasse com 88,48 mil moradias.
O
Minha casa, minha vida 2 vai receber R$ 71,7 bilhões em subsídios do governo. Desse total, R$ 62,2 bilhões vão sair do Orçamento Geral da União e R$ 9,5 bilhões virão sob a forma de financiamentos. Todas as residências terão aquecimento por energia solar. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Simão, acredita que até o fim deste ano o programa vai alcançar a meta de 1 milhão de moradias. "O programa está bem. É uma forma de ajudar a combater o déficit habitacional no país e gerar empregos", afirma. Segundo ele, o segmento de habitação representa 35% da atividade da construção civil no país. O restante é de obras públicas e serviços (obras particulares e industriais).
A escalada de negócios no segmento de baixa renda leva construtoras a ampliarem os investimentos no setor. A incorporadora Lider-Cyrela tem planos de aumentar a atuação no segmento econômico. Para este ano, a empresa planeja lançamentos da ordem de R$ 80 milhões voltados para o público de renda menor. Para atuar no segmento econômico, a empresa usa a marca Primóvel-Living que, em 2009, lançou o empreendimento Minas Village, com 386 unidades. "A nossa meta é que este ano os lançamentos no segmento econômico representem 37% dos nossos negócios. Já para 2011, eles vão se equiparar aos lançamentos de alto padrão", afirma Dennyson Porto, diretor de incorporação da Lider-Cyrela.
A Rossi atua no segmento econômico com a marca Rossi Ideal. Para este ano, a empresa tem planos de lançar 25 mil unidades voltadas para o público com renda de até 10 salários mínimos.