História em transição

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postado em 11/04/2010 09:20 Redação /Estado de Minas
1895-1900

Belo Horizonte é inaugurada em 1897 com pouco mais de 500 novas edificações e 10 mil habitantes. Seu plano é marcado por três fortes referências físicas: a Serra do Curral como cenário, o traçado em malha ortogonal e a canalização a céu aberto do Ribeirão Arrudas. Dos edifícios construídos no Centro só restam a Capela Nossa Senhora do Rosário e o da Imprensa Oficial.

1901-1910

A cidade cresce e a ocupação rapidamente extrapola a área planejada. A Rua da Bahia torna-se ponto central para a elite. Mas outros espaços centrais impulsionam as atividades. O Centro é impactado pelas construções no entorno das atuais avenidas Santos Dumont e Paraná. Importantes referenciais edificados no período, como o Teatro Municipal e a Câmara dos Deputados, foram demolidos.

1911-1920

As casas térreas e os sobrados dão lugar aos palacetes comerciais. Inicia-se a primeira fase de substituição das construções privadas. A Rua da Bahia atinge seu apogeu. A Afonso Pena se consolida como espaço de articulação urbana. Prédios com ricas decorações nas fachadas simbolizam prosperidade. As torres dos palacetes e das igrejas tornam-se os principais referenciais urbanos. Com o término da 1ª Guerra Mundial, iniciam-se os projetos de modernização em infraestrutura urbana e paisagismo.

1921-1930

A então Praça 14 de Outubro ganha o monumento comemorativo da independência (Pirulito) e novo nome: Praça Sete de Setembro. É retirada do cruzamento da Rua Bahia com Aenida Afonso Pena a primazia da centralidade única. Os primeiros edifícios verticais aparecem, inicialmente na Rua dos Caetés, começando uma nova era. A estrutura em concreto armado do Viaduto de Santa Tereza é a principal referência do período. Ocorre a primeira descaracterização da Praça Rio Branco: sai o mercado que existia no espaço público, que ganha quatro novos quarteirões.

1931-1940

O Cine-Teatro Brasil impõe novo estilo para as edificações: a art déco. Formam-se os primeiros arquitetos em Belo Horizonte que vão suprir a falta de profissionais.

1941-1950

A moderna arquitetura brasileira é introduzida na Pampulha por Oscar Niemeyer e por Paulo Antunes Ribeiro e Álvaro Vital Brasil na Região Central. Os arquitetos formados na capital, porém, projetam edifícios ainda protomodernos, sendo o Acaiaca um dos mais simbólicos. No cinquentenário de BH já se observa um moderno cenário urbano: o Centro verticalizado.

1951-1960

Surgem arranha-céus modernos no Centro. A inauguração do prédio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na Rua Goiás, marca esse momento de modernidade. A disseminação de edifícios verticais cria uma nova configuração espacial no Centro Histórico e a consolidação desse processo transforma a verticalização em questão rotineira. As demolições, tapumes e estruturas em concreto fazem parte do cotidiano.

1961-1970

Grandes obras voltam a ser feitas na Região Central. A Avenida Afonso Pena perde sua massa verde. A Praça Sete ganha nova configuração com a retirada do Pirulito. A saturação do sistema viário transforma-se no principal problema, pelo tráfego intenso dos automóveis e transtorno decorrente do precário sistema de transporte coletivo, com seus pontos finais nas ruas centrais. Na arquitetura, a novidade são as galerias, destacando-se a do Ouvidor, e a Praça Sete.

1971-1980

A descentralização das atividades comercais para outros espaços no interior da Avenida do Contorno sinaliza a saturação do Centro para as elites. As novas edificações verticais da área central não mais representam o que de melhor se produz na arquitetura da cidade. A Praça Sete ganha mais uma configuração com o fechamento de quatro quarteirões. A cidade finalmente recebe seu grande teatro, o Palácio das Artes, e o complexo viário da Lagoinha, com o terminal rodoviário.

1981-1990

O Centro é retratado como caos urbano. Ganham maior presença as casas comerciais e de serviços voltados para os usuários do espaço. Cinemas de ruas são desativados. As perdas do patrimônio cultural ocupam maior espaço na mídia. A polêmica demolição do Cine Metrópole propicia uma legislação para proteção do patrimônio cultural. A nova Praça Rio Branco recebe críticas pela sua aridez. A prefeitura lança concurso buscando soluções para melhorar as condições ambientais do hipercentro.

1991-2000

Melhorias nas fachadas dos edifícios descaracterizam os imóveis. Questões ligadas à segurança mobilizam o poder público para quebrar, em parte, o excesso de temor de se utilizar o espaço central. O Parque Municipal Américo Renné Giannetti passa por grande revitalização. A cidade comemora seu centário (em 1997) e a revitalização da Serraria Souza Pinto é a de maior impacto.

2001-2009

Observa-se, no Centro, uma nova dinâmica em busca de sua requalificação. As praças Rio Branco, Sete, Rui Barbosa e da Estação, as ruas dos Caetés, dos Carijós e Rio de Janeiro, além das adjacências do Mercado Central, são reestruturadas. O poder público desencadeia ações para limpeza das fachadas urbanas e a retirada dos camelôs das principais vias, com a implantação de shoppings populares. O prédio da Estação Ferroviária recebe o Museu de Artes e Ofícios e 1,5 quilômetro do Ribeirão Arrudas é canalizado para a criação do Bulevar Arrudas.
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