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Escolha das espécies de acordo com clima, espaço disponível e gosto da família, além de manutenção constante, garante hortas saudáveis e ornamentais

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postado em 17/05/2010 12:50 Júnia Leticia /Estado de Minas
Lúcia Borges diz que hortaliças de maior porte precisam de dedicação contínua  - Eduardo Almeida/RA Studio Lúcia Borges diz que hortaliças de maior porte precisam de dedicação contínua
Na hora de escolher qual espécie plantar, o que vale é o gosto de quem vai consumi-la, segundo a professora do curso de paisagismo do Inap, Lúcia Borges. "Normalmente as espécies de fácil cultivo, como couve, espinafre, cebolinha, salsinha e manjericão são as mais escolhidas", observa.

Além dessas, o paisagista Caio Zoza recomenda o cultivo de alface, mostarda, almeirão, rúcula, tomate cereja, cenoura, beterraba, inhame, alho poró, alecrim, orégano, tomilho, coentro, hortelã e sálvia. "São extremamente fáceis de cultivar, tanto em canteiros como em contêineres. Algumas delas também são bastante ornamentais, podendo adornar um jardim ou mesmo um cantinho do apartamento que tenha insolação".

Deve-se ficar atento, porém, a não plantar mais do que o necessário dentro do ciclo de produção das hortaliças, conforme o paisagista. "Ou seja, se uma alface fica pronta para colheita a partir do replantio em três semanas, não devemos plantar mais do que algumas mudas de cada vez. O ideal é que plantemos alternada e constantemente hortaliças de rápido cultivo para que tenhamos sempre verduras em ponto de colheita", aconselha Caio Zoza.

Há, ainda, espécies que não são muito indicadas para fazer hortas em casa, como aponta a professora Lúcia Borges. "Hortaliças de maior porte ou que exigem cuidados contínuos e diários são menos aconselhadas para quem se inicia neste hobby ou para quem tem pouco espaço. Pepinos e abóboras necessitam de áreas maiores. Já a alface precisa de cuidados constantes".

O paisagista Caio Zoza diz que no cultivo doméstico é preciso observar sempre as espécies apropriadas para a região onde será feita a horta, devido ao clima. "As de cultivo mais difícil, como alcachofra, berinjela e endívia, devem ser evitadas, a não ser que o morador se inteire das maneiras corretas de cultivo e tenha disposição e tempo para os cuidados necessários".

Para o melhor aproveitamento do potencial de cultivo das hortaliças, Caio Zoza recomenda seguir as instruções no verso das embalagens das sementes. "Os pacotinhos vêm com orientações técnicas a respeito do cultivo e devem sempre ser adquiridos verificando-se os com data de embalagem mais recente para conseguir um maior poder de germinação".

Remover ervas invasoras, regar com frequência e adubar afofando a terra, sempre que ela fique compactada ou que for feito um novo plantio. Essas são as recomendações da professora Lúcia Borges para conservar a horta. "Uma dica interessante é formar uma horta com várias espécies. Isso ajuda no controle de pragas", completa.

A professora Virgínia Caetano diz que bons exemplos desses cultivos combinados, chamados consórcios, são feitos entre o milho e a abóbora, a alface e a cenoura ou o rabanete, a beterraba e a couve, o tomate e a cebolinha, a batata e o repolho, a rúcula e o brócolis.

"Outra dica importante é fazer o rodízio de espécies, pois as hortaliças se alimentam de diferentes nutrientes. Assim, onde foram colhidas as cenouras, devem ser plantadas as alfaces", exemplifica Virgínia Caetano. Sedo ela, para fazer o rodízio de forma correta, basta dividir as hortgunaliças em quatro categorias: folhas ou flores, frutos, tuberosas e temperos, e planejar a rotatividade entre os canteiros, observando a melhor época para o plantio de cada tipo.

INVESTIMENTO

Um projeto simples pode ficar a partir de R$ 600. Mas o custo de um projeto deste tipo depende de sua complexidade, conforme Caio Zoza. Para exemplificar as diversas possibilidades de construção de uma horta doméstica, ele descreve uma demanda de trabalho que teve. "Uma vez fui contratado para criar uma horta em conjunto com um galinheiro, onde as galinhas pudessem pastar e depositar seus dejetos, adubando, assim, o solo. Ao mesmo tempo, o cliente queria colher parte das verduras e alimentar as galinhas", conta.

Segundo ele, depois de muito pensar, conseguiu criar o que chama de marco das hortas domésticas: um galinheiro central em um quiosque, com uma horta em forma de pizza, dividida em quatro setores. "As galinhas pastam a cada três meses em um dos setores cercado por tela, em que o solo fica 'descansando' para receber um novo plantio, já devidamente adubado organicamente".
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