Projetos precisam considerar o impacto dos objetos no ambiente

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postado em 27/07/2010 18:06 Júnia Leticia /Estado de Minas
 Regra básica para a decoração que mescla gerações é selecionar artigos com design e charme ao estilo dos moradores - Fotos: Eduardo Almeida/RA Studio Regra básica para a decoração que mescla gerações é selecionar artigos com design e charme ao estilo dos moradores

Para quem quer harmonizar as peças antigas nos ambientes da casa, o primeiro passo é verificar as dimensões do objeto, móvel ou eletrodoméstico em relação ao espaço e sua funcionalidade, como observa a arquiteta Ana Flávia Mendonça. "Isso é essencial na hora de se pensar em remodelar um objeto existente." A designer de interiores Andreza de Lucca Ozores também chama a atenção para se observar a proporção das peças em relação ao ambiente. "Devido à área reduzida e, em muitos casos, ao pé-direito mais baixo dos imóveis atuais, fica bastante difícil adaptar peças antigas de grandes dimensões", ressalta a designer, fazendo referência à altura do piso ao teto.

De acordo com ela, geralmente, é preciso que os móveis sejam menores e tenham tamanhos proporcionais entre si e ao ambiente. "O que dificulta, por exemplo, inserir no projeto da sala de jantar aquele buffet gigante da vovó", completa Andreza Ozores. Mas, mesmo assim, em alguns casos é possível fazer reformas para adaptar os móveis aos ambientes. "Pode-se aproveitar a base de uma mesa e pintar o tampo, diminuí-lo ou trocá-lo por outro material de visual mais leve, como o vidro", exemplifica.

A cristaleira, que vinha acoplada ao buffet, também pode ser separada e ganhar espaço de destaque na decoração. "Em outros casos, pode-se projetar por compensação, ou seja, se a cabeceira de uma cama for muito pesada, faz-se a decoração restante do ambiente de forma a minimizar o impacto visual."

Outro ponto importante é analisar o melhor artigo a ser adotado e com qual frequência ele será usado. "Uma peça precisa ter o conforto e a ergonomia adequada. Não seria nada apropriado aproveitar aquela cadeira pesada de madeira e ferro que foi do vovô para ser o acento de uma pessoa que passa horas em frente ao computador", diz Andreza.

Observadas essas especificidades, é necessário realizar o levantamento do preço das alterações, caso sejam necessárias. "Dependendo do caso, o custo fica mais alto do que comprar uma peça nova. Mas, se a peça tem um valor histórico ou sentimental, vale o investimento para que continue a fazer parte da família", ressalta Ana Flávia.

Segundo a arquiteta Luciana Savassi, os itens mais difíceis de incorporar em uma nova ambientação são aqueles que, apesar de ser considerados antiguidades, não passam de peças velhas: "sem um design interessante ou qualquer outro tipo de relevância que poderia dar um charme ao ambiente ou que justifiquem seu uso."

Neste caso, a arquiteta ressalta a importância da consultoria profissional e da boa relação com o cliente. "É muito importante que o profissional dê sua opinião sincera neste momento, pois essa peça pode comprometer toda a composição de um projeto", enfatiza Luciana. O preço cobrado para desenvolver um projeto para criação desse tipo de ambiente é variável. Uma das formas de contratação é a consultoria.

 A designer de interiores Andreza Ozores diz que os itens antigos precisam ter conforto  - A designer de interiores Andreza Ozores diz que os itens antigos precisam ter conforto
CORES

Além das dimensões e disposição no espaço, é preciso ficar atento à composição das cores. Andreza Ozores diz que o mais comum e usual para os móveis antigos de formato arredondado, é pintá-los de branco ou cores claras. "E simular leves desgastes, para dar um toque de estilo provençal fica muito apropriado, principalmente em quartos de bebês e meninas."

Mas, para os mais ousados, a designer fala que vale tudo o que a criatividade permitir. "Pode-se usar cores fortes e vibrantes, como amarelo, vermelho e verde escuro, contrastando com o restante da decoração ou cores neutras, como fendi, preto, dourado e prata. Tudo depende do quanto se quer destacar a peça e em qual ambiente ela será usada."

A arquiteta Luciana Savassi completa dizendo que quando o item vai fazer parte de uma coleção, vale tudo em se tratando de cores e formatos. "Contanto que sua função seja a mesma. Se é apenas um conjunto de objetos, é interessante que eles tenham a mesma gama de cores e que estejam em destaque no ambiente. Se o móvel ou eletro são grandes e de cores marcantes, é bom que o entorno seja neutro."

A designer de interiores Andreza Ozores diz que os itens antigos precisam ter conforto

DICAS ÚTEIS

Confira algumas sugestões que ficam boas em quartos de bebês e crianças

> Um móvel antigo pode ser transformado com pintura spray. Após a pintura, pode-se colar adesivos de vinil, de acordo com a decoração proposta para o quarto

> Para quem quer economizar, os adesivos de vinil são uma ótima opção. Fáceis de aplicar, a solução sai mais em conta que um trabalho artesanal e pode ser usado em qualquer superfície

> Para a cômoda e o criado-mudo de laca branca, uma alternativa são pinceladas suaves, que criam uma linguagem romântica para a pintura feita à mão com tinta acrílica

> Com relação aos puxadores, eles podem ser trocados ou pintados. É preciso muito pouco para se ter um móvel diferenciado. O bacana é não ter medo de experimentar

> Estampas de motivos florais e poás dão um toque delicado ao acabamento

> Cuidado para não abusar da mistura de estilos e épocas, pois o ambiente fica com aspecto pesado e confuso
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