Variedade de preços e materiais para fachada exigem planejamento

Planejamento é indispensável para quem pretende obter um bom resultado nas fachadas de casas e prédios, devido à grande diversidade de materiais e preços disponíveis nas lojas

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postado em 09/08/2010 11:23 Júnia Leticia /Estado de Minas
O material escolhido e a forma como será usado também fazem parte de uma estratégia de valorização da fachada e do edifício como um todo, segundo o arquiteto e professor universitário Jacques Lazzarotto. “O material pode ser usado como destaque ou como uma faixa vertical ou horizontal, dependendo da volumetria”, cita. O arquiteto Júlio Tôrres concorda que a fachada de um imóvel pode agregar mais valor ao preço de venda ou mesmo ao aluguel. Entretanto, nem sempre o valor do material usado vai definir o preço do imóvel. “Cores, materiais e texturas podem ser aplicados com grande variação de preço, podendo ir de R$ 40 a R$ 600 o metro quadrado”, estima.

Mas, se a escolha for por um material moderno, o laminado melamínico é um exemplo das novidades disponíveis em termos de revestimento exterior para edificações. “Tal como os painéis de alumínio composto, esse material tem maior vocação para aplicação em prédios comerciais. Entretanto, podem ser utilizados como detalhes na composição da fachada, agregando beleza e um caráter arrojado. O valor do metro quadrado fica na faixa de R$ 500.”

Há, ainda, outras opções com alta durabilidade e beleza, que podem substituir esses materiais, de forma mais econômica, como aponta Júlio Tôrres. “Uma fachada de granito de boa qualidade, dependendo do sistema de fixação usado, pode custar de R$ 150 a R$ 250 o metro quadrado.”

Já as cerâmicas, que têm grande aceitabilidade e atendem bem às necessidades e exigências para uso externo, custam, hoje, a partir de R$ 30 o metro quadrado. Outra opção econômica é a textura, que varia de R$ 15 a R$ 30 o metro quadrado. “A maioria das texturas tem a característica da hidrorrepelência, que protege a tinta ou argamassa da deterioração provocada pela água”, completa Júlio.

SEM EXAGEROS A arquiteta Carmen Calixto aposta nas linhas mais retas, com cores mais neutras, na hora de escolher o revestimento. “A escolha da cor é fundamental para não se arrepender depois. Como é um elemento que vai ser visto pelo morador diariamente, é importante evitar cores fortes e marcantes, pois se tornam extremamente enjoativas.”

Com tantas opções, antes da escolha do material, o arquiteto Júlio Tôrres ressalta que se deve ficar atento para não cometer excessos. “Não se deve exagerar na quantidade de material a ser utilizado. É melhor que se trabalhe em cada obra com poucas variações, evitando a confusão visual, que pode ser cansativa para os usuários.”
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