Pesquisadora desenvolve cobogó com isolamento acústico

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postado em 14/08/2010 14:05 Luisa Brasil /Portal Uai
O bloco desenvolvido por Bianca Dantas bloqueia a passagem de som - Divulgação / Agência USP O bloco desenvolvido por Bianca Dantas bloqueia a passagem de som

Uma pesquisadora da USP desenvolveu um modelo de elemento vazado que permite isolamento acústico semelhante ao de paredes fehadas de alvenaria. Também conhecidos como ''cobogós'', esses elementos são blocos feitos de argamassa, cimento e areia usados para iluminar e ventilar ambientes fechados. O problema é que, por serem vazados, eles deixam passar o som.

O estudo da arquiteta Bianca Carla Dantas de Araújo, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, introduziu mudanças na forma dos blocos que permitem isolamento acústico semelhante ao das paredes fechadas de alvenaria.

Os blocos tiveram seu formato alterado, com a criação de pequenos desvios para a passagem do ar para dificultar a propagação das ondas sonoras por meio de fenômenos físicos, como a difração por exemplo. “A entrada e saída de ar acontece em aberturas com posições diferentes, mudando sua direção e diminuindo o nível de intensidade sonora, que também é absorvida pelo material do bloco”, explica Bianca. 

Versáteis, os cobogós podem ser colocados nas paredes para compor fachadas inteiras ou apenas uma abertura, e ainda podem ser usados como divisórias.

Durante a pesquisa, o melhor desempenho do bloco foi com  médias e altas frequências. Submetido a uma frequência sonora de 800 hertz, o bloco vazado registrou uma redução máxima de 37 decibéis. “O valor é comparável ao de uma parede de alvenaria totalmente fechada, sem aberturas”, aponta a arquiteta. “Nelas a redução de ruído varia entre
40 e 45 decibéis”.

Escala

A produção do elemento vazado procurou utilizar o material
mais simples disponível, reduzindo o custo dos testes e permitindo sua futura utilização em grande escala. O estudo deve continuar com outros materiais.

O novo modelo de elemento está em fase de registro de patente, para depois se analisar a viabilização da produção em escala industrial.

*Com informações da agência USP


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