Os blocos tiveram seu formato alterado, com a criação de pequenos desvios para a passagem do ar para dificultar a propagação das ondas sonoras por meio de fenômenos físicos, como a difração por exemplo. “A entrada e saída de ar acontece em aberturas com posições diferentes, mudando sua direção e diminuindo o nível de intensidade sonora, que também é absorvida pelo material do bloco”, explica Bianca.
Versáteis, os cobogós podem ser colocados nas paredes para compor fachadas inteiras ou apenas uma abertura, e ainda podem ser usados como divisórias.
Durante a pesquisa, o melhor desempenho do bloco foi com médias e altas frequências. Submetido a uma frequência sonora de 800 hertz, o bloco vazado registrou uma redução máxima de 37 decibéis. “O valor é comparável ao de uma parede de alvenaria totalmente fechada, sem aberturas”, aponta a arquiteta. “Nelas a redução de ruído varia entre
40 e 45 decibéis”.
A produção do elemento vazado procurou utilizar o material
mais simples disponível, reduzindo o custo dos testes e permitindo sua futura utilização em grande escala. O estudo deve continuar com outros materiais.
*Com informações da agência USP