Importante elemento nas edificações residenciais e comerciais, o forro define o perfil do morador e pode ajudar a solucionar problemas simples de decoração do ambiente
Forro em gesso com iluminação embutida é o mais usado atualmente no mercado, devido à facilidade de cortes e montagem em espaços grandes e pequenos
Mais que um revestimento de parede, o forro é um importante elemento nas edificações de qualquer tipo. A escolha do material a ser usado pode definir a concepção arquitetônica do ambiente, além de ser responsável pelo bem-estar ou desconforto produzido no espaço. Além disso, o forro pode expor formas e material arrojados. Entretanto, para evitar erros na hora da instalação, é necessário planejamento, que envolve a escolha do material a ser empregado. “O material pode agregar valor na concepção do projeto. Mas, para isso, é importante especificá-lo ainda no projeto executivo”, explica a arquiteta Juliana Goulart.
No mercado, há uma série de opções. Entre elas estão a madeira, o gesso, o PVC, além das fibras sintéticas e naturais, como o bambu. Em um projeto de teto, deve-se levar em consideração, além do material a ser empregado, o pé-direito (altura do piso ao teto), segundo a engenheira civil Izabel Souki.
Para escolher o tipo mais adequado às necessidades dos moradores, é preciso levar em conta o tipo de isolamento termoacústico e a iluminação. No caso do forro de gesso, a engenheira diz que existem várias formas de baratear a iluminação, usando sancas – acabamento que se põe quando se faz um rebaixamento do teto em gesso – e rasgos no forro. “Isso proporciona o uso de menor quantidade de peças de iluminação, já que a sanca e o rasgo iluminam usando somente lâmpadas e reatores”, diz Izabel.
Galeria: veja alguns tipos de forro disponíveis no mercado
Seja qual for a opção escolhida, Juliana Goulart diz que, para conferir conforto térmico e acústico, pode ser aplicada uma manta de vidro, que funciona como isolante. “É importante ressaltar que cada um deles deve ser executado por mão de obra específica”, acrescenta a arquiteta.
Os mais usados, tanto em casas como em apartamentos, são os forros de gesso. “Isso porque permitem a colocação de peças de iluminação embutidas e escondem tubulações de elétrica, hidráulica e de automações. Já os forros de fibras naturais são usados em locais onde é permitido ousar na decoração do ambiente. Dessa forma, é possível decorar com criatividade e custo baixo”, comenta Izabel.
A engenheira civil diz, ainda, que forros como os de PVC e madeira são bastante usados em áreas comerciais, pelo baixo custo de execução. “Os metálicos são ideais para novos ambientes ou até mesmo para renovação daqueles que já têm forros rebaixados e que podem ganhar mais beleza e a nobreza do aço.”
A especificação de cada tipo de material a ser utilizado se dá pelo contexto do projeto e disponibilidade financeira do cliente, conforme Juliana Goulart. “Para que não ocorra arrependimento após a escolha, é necessário sanar as dúvidas com o arquiteto ou fornecedor e conhecer o produto aplicado antes de fazer a compra”, aconselha a arquiteta.
Mistura de estilo
A arquiteta Juliana Goulart diz que as especificações de cada tipo de material a ser usado se dão pelo planejamento e disponibilidade financeira do cliente
Em casas, conforme o estilo do ambiente, é possível usar forros de diferentes tipos de material, segundo Izabel Souki. A engenheira diz que se pode, inclusive, abrir mão de seu uso. “Em apartamentos é necessário usá-los nas áreas de banheiros para esconder as tubulações de hidráulica do apartamento superior. Nesse caso, é recomendado usar forros removíveis ou de fácil execução, para serem retirados e refeitos em reformas ou manutenção das tubulações.”
De acordo com ela, uma tendência para áreas residenciais é o uso do forro de gesso, que pode ser bastante decorativo, além de reduzir o valor de execução do projeto luminotécnico, quando usado com sancas e rasgos. “De qualquer forma, a melhor maneira para não se arrepender depois é fazer a obra ou reforma com um profissional qualificado. Isso vai fazer com que o ambiente ganhe beleza e funcionalidade”, completa Izabel Souki.
A engenheira civil informa que o profissional qualificado é importante para garantir o nivelamento do forro, checagem de medidas e, principalmente, assegurar a boa fixação e sustentação do material. “Mas é preciso levar em consideração, ainda, tudo o que será feito no ambiente, desde a colocação de material de acabamentos aos móveis e os adornos”, completa.
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