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postado em 08/11/2010 13:29 Júnia Leticia /Estado de Minas
O professor Ronaldo Kascher diz que seguir as normas de segurança também traz economia pelo uso de material de qualidade - Eduardo Almeida/RA Studio O professor Ronaldo Kascher diz que seguir as normas de segurança também traz economia pelo uso de material de qualidade
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08 de novembro de 2010 - Para se fazer o projeto elétrico, alguns fatores devem ser considerados. Antes de mais nada, o trabalho deve ser compatibilizado com o projeto arquitetônico, estrutural, de incêndio, hidráulico, para-raios e telecomunicação, como explica a engenheira civil Cláudia Deslandes. “Por exemplo, não adianta um ponto com acesso à internet sem uma tomada elétrica ou uma bomba de água sem alimentação elétrica.”

Ela também ressalta a importância da troca de ideias com o proprietário ou morador antes de iniciar o trabalho. “Saber o desejo da instalação de um aparelho de ar-condicionado é fundamental. A localização e especificação dos aparelhos elétricos devem ser consideradas. O projeto deve contemplar todas as preferências e desejos do morador”, explica Cláudia.

Além disso, é o profissional habilitado e com experiência que saberá orientar, sugerir novas tecnologias e soluções mais econômicas, como lembra a engenheira. “Com certeza, o morador vai querer que a sua nova casa esteja com toda a instalação elétrica funcionando e no lugar certo.”

Confira: Saiba os aspectos que envolvem um projeto elétrico


Ronaldo Kascher reitera a importância de seguir o que preveem as normas técnicas relativas ao assunto, em particular a NBR-5410. “Seguindo as recomendações da norma, por meio da contratação de um projeto, o consumidor estará considerando a segurança dos usuários e a economia decorrente da boa compra dos materiais especificados.”

Outro aspecto é a economia obtida a longo prazo, que, segundo o engenheiro eletricista, vem com a boa aplicação do recurso do consumidor. “Pois o projeto especifica o material a ser usado, evitando a falsa economia com a utilização de materiais não duráveis, fora de especificação técnica.”

Ele chama a atenção, ainda, para os aspectos legais que envolvem segurança em instalações e serviços em eletricidade. “Por questões jurídicas, com a NR-10 o proprietário da residência pode ser processado por alguém que tenha sofrido acidente em decorrência da não observância das normas técnicas na construção.”

O cumprimento das normas também garante ao consumidor o ressarcimento de danos por falhas elétricas. Entretanto, caso sejam verificadas irregularidades nas instalações, o fabricante estará respaldado pela legislação. “Uma residência de alto padrão, sem projeto, com home-theater de última geração, computadores e TVs de LED em todos os ambientes, mas com todas as tomadas sem aterramento, cabos mal dimensionados e sem proteção, no caso de falha na instalação elétrica e esses equipamentos sofrerem algum dano a garantia do fabricante é cancelada”, diz Cláudia.

CUSTO. Diante dos riscos, a relação custo/benefício de se fazer o projeto é indiscutível. Para se ter uma ideia de valor, a engenheira diz que o preço sugerido do projeto elétrico pelo Instituto Mineiro de Engenharia Civil (Imec) é de R$ 5 o metro quadrado (m²), para edificações de até 400m². Acima disso, o valor cai para R$ 4. “A execução das instalações elétricas, em média, são 5% a 7% do custo total da obra, sendo o valor da mão de obra o correspondente a 70% desste custo.”

Ronaldo Kascher diz que o preço do projeto também pode variar conforme a complexidade e a área da construção. No caso de residências, ele estima que deva ficar entre R$ 800 a R$ 4 mil. Com relação à manutenção, caso o trabalho tenha sido benfeito, não haverá necessidade de intervenções muito frequentes. “Sugere-se que uma revisão geral será feita sempre que houver mau funcionamento (por exemplo, a abertura sem motivo aparente de disjuntores no quadro geral, normalmente localizado na área de serviço ou na cozinha da residência) ou ampliações da carga (instalação de algum equipamento elétrico novo).”

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