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03/01/2011 - Seja imóvel novo ou usado, a viabilidade ou não do sistema dependerá de diversos fatores que devem ser analisados por profissionais da área, como explica o engenheiro civil Roberto Deslandes. “Serão levantadas informações como exigências e costumes dos usuários, necessidades e demandas diárias, tipo de telhado e seu posicionamento em relação ao Norte verdadeiro, se existe a possibilidade de instalação com os desníveis recomendados entre as placas solares e o boiler, entre outras.”
Apesar de ser mais fácil colocar o equipamento em imóveis novos, o diretor técnico da Sollar Equipamentos, Eugênio Paceli Pessoa, diz que já há opções que facilitam a instalação em edificações prontas. “Por meio de uma visita técnica, verificamos a viabilidade de instalação do aquecedor solar. Imóveis em construção facilitam a passagem dos tubos para água quente. Nos já construídos, também pode ser instalado. Existe no mercado um misturador solar para o banheiro que evita quebrar a parede para a passagem dos tubos de água quente.”
Ele observa a necessidade de se certificar de que os lugares que receberão as placas de aquecimento solar tenham uma boa insolação, se possível, com oito horas de sol diárias. “Observando que o imóvel recebe uma boa insolação, devemos fazer o dimensionamento do sistema.”
Também é preciso considerar o número de pessoas que mora ou irá morar no imóvel, definir em quais locais haverá água quente e qual vazão deverá ter nos ambientes onde será empregada. Quanto ao tipo de construção que pode receber o sistema, Rafael Luttieri diz que poderá ser instalado em qualquer tipo de imóvel, desde que tenha área suficiente para receber insolação. “Pode ser adaptado em imóveis construídos ou planejado em construções novas.”
Na hora de escolher o mais adequado, é importante conhecer os tipos de equipamentos disponíveis. De forma geral, um sistema de aquecimento solar é composto por coletores e reservatórios térmicos, que são interligados, e com o destino da água aquecida por meio de tubulação específica para cada tipo de instalação, como conta Rafael Littieri, da E2solar.
Dependendo na necessidade de cada instalação, os reservatórios térmicos podem ser de alta ou baixa pressão. Mas há casos em que o armazenamento de água em reservatório térmico não é necessário. Com isso, é eliminado este componente da instalação, como explica Rafael Littieri. “Um claro exemplo é instalação em piscinas”, aponta.
OPÇÕES. Com relação aos coletores, ele diz que no mercado predominam basicamente dois tipos: o de plano aberto e o de plano fechado. O primeiro é recomendado para instalações com piscinas, que não exigem temperaturas muito elevadas. “Já o de plano fechado é recomendado para instalações que demandam temperaturas mais elevadas, até 70 graus”, explica Rafael Littieri.
Esses sistemas poderão ser com circulação forçada, por meio de bomba. A outra opção é a circulação natural (termossifão), que teve um aumento significativo da procura devido aos programas governamentais voltados para Habitações de Interesse Social (HIS), como conta Rafael Littieri. “Essa demanda prioriza os sistemas que funcionam com o sistema natural de circulação de água, suportada pelo uso de um chuveiro elétrico.”