Escolha do reservatório ideal

Acertar no tipo de caixa d'água a ser instalado no imóvel pode facilitar a manutenção do local. Ajuda profissional é imprescindível para não contaminar ou danificar as peças

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

- AMIGO + AMIGOS
Preencha todos os campos.
postado em 17/01/2011 12:33 Júnia Leticia /Estado de Minas
Caixas d'água subterrâneas precisam ter proteção contra água de enxurrada e, mesmo assim, devem ser lavadas periodicamente - Sanitec/Divulgação Caixas d'água subterrâneas precisam ter proteção contra água de enxurrada e, mesmo assim, devem ser lavadas periodicamente
Acompanhe também o Lugar Certo pelo Twitter

17/01/2011 - Para facilitar a limpeza da caixa-d’água com o passar do tempo, uma dica é escolher corretamente o reservatório, tarefa que não é muito difícil. Os mais utilizados em casas e mais práticos com relação à limpeza são os de polietileno e de fibra. A diferença entre eles é que os de polietileno resistem melhor ao tempo, enquanto os de fibra, devido à ação do sol, ficam foscos e com trincas, o que compromete a durabilidade.

O coordenador de Capacitação de Mercado da Tigre, Cid Gusmão, confirma a vantagem do uso das caixa- d’água de polietileno. “Entre elas, podemos destacar leveza, proteção contra raios ultravioletas (UV), resistência ao manuseio e transporte, fechamento sob pressão, não precisa de acessórios, como porcas e parafusos, facilidade de instalação”, enumera.

Além disso, ele conta que devido ao fato de muitas serem fundidas, evitam descoloração pela água ou pelo sol, caso sejam expostas ao tempo. “Ou seja, também garantem melhor qualidade da água. Além disso, o polietileno é menos propenso à proliferação de fungos”, observa Cid Gusmão.

Entretanto, se a caixa-d’água vai ficar protegida, embaixo de telhado, soluções mais econômicas podem ser usadas. Mas é importante destacar que, ao escolher o produto, deve-se ter certeza de que ele seja assegurado pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Na hora da escolha, o ideal é consultar alguém especializado no assunto para esclarecer dúvidas.

Mesmo assim, Cid Gusmão dá algumas dicas de como fazer isso, o que facilitará a vida de quem vai ter que se preocupar com a manutenção do reservatório. Alguns dos pontos a serem considerados são a facilidade de limpeza. “Para isso, escolha um produto que tenha superfície interna lisa, que evita incrustações, e com paredes escuras, que evitam a formação de fungos e algas.”

Dono da Sanitec Service, empresa especializada em limpeza de caixa-d’água, Wellerson Braga também destaca as caixas-d’água de plástico como as de mais fácil limpeza. Entretanto, ele diz que em Belo Horizonte a maioria delas ainda é de concreto. Por isso, é necessário maior cuidado com a limpeza, que, segundo ele, requer equipamentos e técnicas mais avançadas do que o simples uso de uma escova.

Para obter um melhor resultado, o empresário diz que é necessário uma limpeza profunda, principalmente porque alguns consumidores não cumprem o período estipulado de higienização, que é a cada seis meses. “Já pegamos caso de cliente que não fazia limpeza há 10 anos. Tinha até pássaro morto lá”, conta Wellerson Braga.

Ele explica que todo o processo de limpeza é composto por 10 passos e está em conformidade com as normas da Copasa. O trabalho envolve fechamento do registro geral, esvaziamento do reservatório com bomba submersível potente, limpeza utilizando todos os equipamentos de proteção individual (EPI’s) necessários e hidrojateamento com bomba de alta pressão.

Depois do hidrojateamento, é feita a escovação e a pulverização com sódio hypochlorite, em concentração de 10% a 12%. Isso é necessário para que se obtenha dosagem de NaC10 (perclorato de sódio) de acordo com orientação dos órgãos e institutos de análises para eliminação de germes e bactérias. “É preciso aguardar de 10 a 20 minutos para que a solução possa agir, desinfetando e higienizando toda a caixa-d’água”, acrescenta Wellerson Braga.

O empresário Wellerson Braga, dono da Sanitec Service, recomenda contêineres de plástico, pois são mais fáceis de serem limpos - Eduardo Almeida/RA Studio O empresário Wellerson Braga, dono da Sanitec Service, recomenda contêineres de plástico, pois são mais fáceis de serem limpos
Então, é feito mais um hidrojateamento com bomba de alta pressão, para que o produto químico seja retirado. Após isso, é feita uma aplicação de hipoclorito de sódio (cloro) em uma dosagem menor para tratamento da água que será armazenada no reservatório. “Todo processo dura entre uma e três horas, dependendo do tamanho da caixa-d’água. O preço também varia, de R$ 80 a R$ 200”, conta o dono da Sanitec Service.

CUIDADOS


O gerente da Divisão de Pesquisa e Controle da Qualidade de Água e de Esgoto DVQA – Laboratório Central da Copasa, Airis Antônio Horta, diz que todos os cuidados com higienização dos reservatórios em casas, prédios e condomínios, ajudam a evitar incidência de doenças. O mesmo cuidado deve ser tomado em relação às caixas-d’água subterrâneas. “É indispensável observar se ela tem proteção contra a água de enxurrada. Ainda assim, ela deverá ser lavada periodicamente”, explica o gerente.

Feita a limpeza nos períodos e na maneira recomendada, os moradores não precisam se preocupar muito como, por exemplo, com a troca do reservatório. Como a durabilidade da caixa-d’água geralmente é longa, caso seja feita uma manutenção contínua, só é aconselhável trocá-la se apresentar rachaduras. “É preciso verificar se há vazamentos por motivo de ruptura devido à má instalação ou por limite da vida útil, que normalmente é de 10 a 15 anos, no caso de caixa-d’água de plástico”, observa Cid Gusmão.
Comentários Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
600

Últimas Notícias

ver todas
07 de julho de 2023
05 de julho de 2023