Boas perspectivas

O engenheiro Rogério Noronha, da RKM Engenharia, acredita que a tendência é que as dificuldades sejam minimizadas

Com relação à reação do mercado diante desses desafios, o engenheiro Rogério Noronha, da RKM Engenharia, acredita que a tendência é que eles sejam minimizados. “A engenharia tende a evoluir e os acidentes que ocorrem mostram as falhas humanas que precisam ser corrigidas”, considera.

No entanto, de acordo com ele, é importante que as áreas liberadas para a construção sejam estudadas, para que possam receber edificações adequadas. “Este é um papel fundamental dos órgãos governamentais: que sejam rigorosos em não permitir a construção em terrenos com risco de desabamento ou que prejudiquem a vizinhança”, opina Rogério.

Já para a arquiteta Michella Vieira a tendência é de que os desafios se agravem frente à ausência de opções de terrenos e do crescimento acelerado da construção civil. “Os desafios existem em todo local. Em uns mais, em outros menos. Em cidades muito adensadas, como Belo Horizonte, em que faltam terrenos, os arquitetos precisam buscar soluções mais criativas para contorná-los”, pontua.

Juliana Siqueira é da mesma opinião. Segundo ela, as perspectivas apontam um agravamento dos problemas que hoje são enfrentados pela construção civil. “Com o aquecimento global, a preocupação com a insolação (clima) deve aumentar a cada dia”, revela.

TERRENOS

Ela também destaca a falta de áreas adequadas à construção como fator que tende a se agravar com o passar do tempo. “A oferta de terrenos nos grandes centros, com boa topografia e sem interferências naturais, está ficando cada vez mais escassa, devido ao aquecimento do mercado imobiliário.”