Cenário para investimento no mercado imobiliário permanece promissor

Além da receita do aluguel, o investidor poderá ganhar com a valorização do imóvel, que, de acordo com pesquisas, supera qualquer outra aplicação de renda fixa no país

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postado em 22/08/2011 16:01 Júnia Leticia /Estado de Minas
Ariano Cavalcanti, presidente da CMI/Secovi, acredita que teremos um ano estável em relação ao número total de transações na capital  - Eduardo Almeida/RA Studio Ariano Cavalcanti, presidente da CMI/Secovi, acredita que teremos um ano estável em relação ao número total de transações na capital

Pesquisa divulgada em junho pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG) também confirma o bom cenário vivenciado pelo setor em Belo Horizonte. Entre janeiro e abril deste ano, 2.041 apartamentos foram lançados na capital mineira; desses, 1.529 foram vendidos. No mesmo período de 2010, somente 382 imóveis não foram comercializados logo depois do lançamento.

Otimista, o presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi-MG), Ariano Cavalcanti de Paula, revela que, em média, o ganho real do investimento em imóveis em relação à taxa Selic (taxa básica utilizada como referência pela política monetária) tem sido de 0,48% ao mês. “Considerando que ainda temos uma demanda robusta e disponibilidade de crédito imobiliário, as perspectivas são de altas menores, mas ainda superando qualquer outra aplicação de renda fixa”, prevê.

Esse comportamento do mercado é muito natural, conforme Cavalcanti, que diz que nenhum mercado sobe indefinidamente. “A pequena acomodação detectada no primeiro semestre deste ano é absolutamente normal e saudável. Isto demonstra racionalidade e maturidade do mercado e indica que poderemos ter um cenário muito promissor à frente.”

Para fazer essa análise, ele se baseia na pesquisa do Secovi e do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), que utiliza dados do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). “Deveremos ter um ano estável em relação ao número total de transações na capital. Entretanto, no que tange à valorização, haverá crescimento real na média”, revela o presidente da CMI/Secovi.

Em outras palavras, mesmo prevendo uma valorização menor que dos anos anteriores, será ainda superior a investimentos como o certificado de depósitos interfinanceiros (CDI), por exemplo, o que garante aos investidores um ganho real em relação às aplicações de renda fixa. “Essa acomodação moderada será fundamental para garantir o crescimento sustentável do mercado imobiliário. Estamos num momento de pausa, acumulando forças para um crescimento maior”, analisa Cavalcanti.

SEM MISTÉRIO

Para o gerente comercial da Epo Engenharia, Marcelo Carvalho, investir em imóveis sempre foi e sempre será uma boa alternativa para quem quer segurança. Além da receita do aluguel, o investidor poderá ganhar com a valorização do imóvel”, acredita.

Cavalcanti confirma dizendo que, tradicionalmente, investir em imóveis sempre foi mais lucrativo que apostar em aplicações de renda fixa, como poupança, CDB e fundos. “A única exceção ocorreu durante os períodos de altas taxas de inflação, quando nada conseguiu superar o mercado financeiro.”

Apesar das mudanças na economia, como o Brasil ainda tem a maior taxa real de juros do mundo, os imóveis continuam apresentando ganhos reais moderados. E como são ativos de menor liquidez – ou seja, com maior agilidade de conversão em dinheiro sem perda significativa de seu valor –, ainda são preferidos por muitos investidores.

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