Compra de um imóvel com dois a três anos desperta a atenção de consumidores

Seja para morar, seja para investir, eles preferem pagar menos por um local maior e pronto para entrar

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postado em 20/10/2011 13:51 Celina Aquino /Estado de Minas
Ariano Cavalcanti, presidente da CMI/Secovi-MG, diz que a diferença de preço pode chegar a 25% - Eduardo Almeida/RA Studio Ariano Cavalcanti, presidente da CMI/Secovi-MG, diz que a diferença de preço pode chegar a 25%
O valor do imóvel seminovo realmente é um atrativo e tanto. A corretora Mirian Dayrell diz que um apartamento novo de 100 metros quadrados e dois quartos em Belo Horizonte chega a valer hoje R$ 600 mil. Pelo mesmo preço, é possível adquirir um seminovo maior e com pelo menos três quartos. “Mostro para o cliente que ele tem a opção de comprar um imóvel de dois, três anos que já foi influenciado pelo preço do lote, do metro quadrado e já passou pela deflação”, destaca a dona da Mirian Dayrell Imóveis.

O presidente da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Ariano Cavalcanti de Paula, diz que a diferença de preço pode chegar a 25%. “Isso desperta um grande interesse dos consumidores, então fica mais difícil encontrar um seminovo, principalmente os de média para baixa renda. No alto luxo a oferta é maior”, afirma. Cavalcanti deixa claro que todas as classes sociais investem nesse mercado.

Além da economia, quem opta por esse tipo de imóvel busca uma entrega imediata. “São pessoas que têm pressa para se mudar. Por exemplo: o casal teve mais um filho e quer sair de um apartamento de três quartos para um de quatro. Não pode esperar dois anos, pois precisa de espaço agora, senão a criança cresce”, exemplifica Mirian. “A questão do tempo é sempre importante.”

A corretora ressalta que se transferir para um imóvel usado leva, no máximo, 60 dias, enquanto um novo pode demorar três anos para ficar pronto. Até lá, o comprador é obrigado a morar de aluguel ou viver em um apartamento que não lhe atende mais. Mirian conta ainda que muitos clientes sofrem com a possibilidade de a obra não ser entregue no prazo.

JÁ DECORADO

Outra vantagem do imóvel seminovo é o estado de conservação. Mesmo que já tenha tido mais de um morador, é bem provável que um apartamento de até oito anos continue praticamente novo. Mirian observa, ainda, que a maioria deles já está com armários prontos, teto rebaixado, iluminação embutida. Ou seja, além de pagar mais barato, o cliente não precisa gastar com decoração. “O imóvel seminovo tem todas as benesses de um novo, com a diferença de que a pessoa já está o vendo pronto, sabe que construtora o fez, o hall de entrada está decorado, a área de lazer completa, não tem mais investimento a fazer. Pode vir a ocorrer uma reforma, mas isso vai agregar valor”, comenta.

A corretora orienta o comprador a dar uma entrada pequena, de 10%, por exemplo, e financiar o restante. Assim, mesmo com investimento inicial menor, tem de imediato o documento do imóvel no nome dele. Por esse motivo, Mirian acredita que o seminovo é ótima alternativa para o aluguel. “Hoje não há tantos imóveis para locação, então os preços estão mais altos. Você pode pagar parcelas de financiamento bem menores que o aluguel, com a garantia de morar em um apartamento próprio.”

O diretor da Adbens Imóveis, Carlos Frederico Guimarães Castro, diz que os seminovos também se destacam na área comercial. “Como temos muita procura por sala e loja em ponto valorizado, a venda é imediata. Não dá nem tempo de colocar a placa”, conta. Com residenciais não é diferente. Castro está certo de que não terá dificuldade para vender um apartamento de seis anos, 220 metros quadrados (m2) e quatro quartos no Bairro Belvedere, Região Centro-Sul da capital, por R$ 1,2 milhão. Se fosse novo, valeria R$ 2,2 milhões, considerando que o m2 vale R$ 10 mil.

Mais valorização

O presidente da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Ariano Cavalcanti de Paula, alerta que os imóveis podem se valorizar ainda mais, até que haja uma oferta expressiva e chegue-se ao equilíbrio. “Estamos projetando valorização muito interessante para os investidores, mas inferior à que teve nos últimos anos. Isso não significa, porém, queda do valor dos imóveis. A demanda continua muito grande no Brasil”, esclarece. A expectativa de crescimento do mercado imobiliário para este ano é de 20%, dois pontos percentuais abaixo
da taxa de 2010.

Tags: consumidores

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