Assim como em outros mercados, há os perfis de investidores. “São clientes que, na maioria dos casos, já têm moradia própria e conseguem destinar parte de sua renda para esses investimentos”, observa Fabiano Taylor. Essas pessoas se dividem entre os mais conservadores, que preferem destinar os bens para locação, e os mais ousados e atualizados em relação ao que ocorre no mercado, que revendem os apartamentos depois de prontos. Há, também, aqueles que optam pelos dois caminhos, como é o caso do diretor de vendas da Lótus Consultoria de Imóveis, Ramon Antunes. Justamente por trabalhar no mercado imobiliário, ele não quis ficar de fora da oportunidade. Ele começou a investir em 2009, quando comprou um imóvel no Bairro Estoril, Região Oeste de BH, que ainda está em construção. “Optei pelo negócio pela facilidade de pagamento junto à construtora. Meu contrato prevê o pagamento de 30% do valor até a entrega das chaves.”
O fato de não precisar desembolsar um alto montante inicial, não pagar juros e ter as parcelas reajustadas pelo Índice Nacional da Construção Civil (Incc) contribuíram para o fechamento do negócio. “Houve valorização entre 50% e 60%. Quando estiver pronto, pode evoluir para 70%”, prevê. O negócio é tão promissor que Ramon resolveu comprar outro imóvel no mesmo prédio. “Um deles vou vender e o outro, alugar”, conta.
E as perspectivas são que esse cenário de facilidades do imóvel na planta se mantenha por um bom tempo. Pelo menos é nisso que acredita o diretor da Give Imóveis, Leandro Palmeira. “Com um déficit habitacional aproximado de 6 milhões de moradias, uma economia forte com crescimento sólido a caminho de conquistar o pleno emprego, forte expansão do crédito e um governo atuante por meio de programas sociais e focado na construção civil, as expectativas são as melhores possíveis.”