Mão de obra especializada garante reforma segura no prédio

Com o tempo, devido às necessidades constantes de reparos, o melhor é investir na reforma da edificação. Seja estética ou funcional, a intervenção possibilita, ainda, a valorização do prédio. Para realizá-la, é preciso estar atento à contratação da mão de obra, para que o serviço atenda as necessidades do condomínio.

O engenheiro civil e coordenador do curso de especialização em construção civil da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dalmo Lúcio Mendes Figueiredo, explica que a reforma é uma intervenção mais profunda, quando comparada à manutenção. “Nela, são realizados serviços destinados à mudança de leiaute e/ou modificações de revestimentos (piso e paredes) utilizando materiais novos e atuais”, conta.

Com o avanço das tecnologias construtivas, as reformas procuram, ainda, adaptar as edificações a novos conceitos. “Normalmente, são realizadas em edificações com alguns anos de vida, já desgastadas. Visam propiciar uma sobrevida e manter o valor do imóvel igual ou próximo dos valores de edificações construídas há pouco tempo”, explica Dalmo Figueiredo.

Segundo o engenheiro, esse tipo de intervenção deve ser realizada quando verificar-se a necessidade de mudanças de leiaute – para novo tipo de uso ou acréscimo da área construída – ou quando o imóvel encontra-se desgastado pelo tempo. “O prazo para que se inicie uma reforma depende da degradação ocorrida no imóvel ou do próprio interesse dos proprietários. A durabilidade ou vida útil de imóvel torna-se mais longa se são realizadas manutenções constantes.”

Para executar o serviço, é essencial ter cuidado na contratação. Como, geralmente, as reformas interferem na estrutura, elas devem ser acompanhadas por um engenheiro civil para evitar problemas de ordem estrutural. “como o desabamento de edifício ocorrido recentemente no Rio de Janeiro devido a uma reforma em um dos andares”, lembra Dalmo Figueiredo.

Quando o condomínio decide pela reforma, o primeiro passo é contratar os projetos necessários: arquitetura, estrutural e instalações. Também deve-se recorrer a uma empresa construtora ou um engenheiro civil para acompanhar tecnicamente a obra, diz o engenheiro. “Depois, é necessário promover a aprovação do projeto arquitetônico da reforma na prefeitura, o registro de responsabilidade técnica no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) da região e providenciar a matrícula da obra (reforma) no INSS (CEI), além de contratar empresa para realização dos serviços ou os colaboradores que atuarão no canteiro da obra.”

Ao contratar a empresa responsável pela reforma, Dalmo Figueiredo conta que é preciso levantar informações sobre sua idoneidade técnica e ética. “É importante que a empresa tenha experiência em serviços similares, em razão das reformas serem diferenciadas da construção de uma edificação nova. As intervenções em uma edificação já existente demandam conhecimentos específicos”.