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Oferta de salas comerciais sobe na capital

Crescimento foi de 18,68% em maio, preços acompanharam e alta chegou a 1,20%. Andares corridos são mais disputados

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postado em 17/07/2012 09:18 Geórgea Choucair /Estado de Minas
Fachada de prédio na esquina da avenida Getúlio Vargas com rua Alagoas - Beto Magalhaes/EM/D.A Press Fachada de prédio na esquina da avenida Getúlio Vargas com rua Alagoas
Os cartazes com dizeres de “alugam-se salas”, escassos até pouco tempo atrás, começaram a se espalhar pelos edifícios de Belo Horizonte. E se for avaliar o levantamento do setor, os números indicam que a oferta de sala para alugar deu um salto na capital: subiu 18,68% em maio, segundo pesquisa da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI-MG), feita em parceria com o Sindicato da Habitação de Minas Gerais (Secovi-MG). Apesar do aumento da oferta, os preços continuam em alta: houve aumento de 1,20%, bem acima da inflação do mês, de 0,33%. “Algumas obras estão sendo concluídas e liberaram essas salas. Além disso, muitas empresas estão readequando os seus espaços empresariais e buscam outras opções de imóveis maiores”, afirma Fernando Júnior, vice-presidente da CMI/Secovi. Ele ressalta que o fenômeno pode ser sazonal.

E quem precisa de espaços maiores, tem que correr. Os andares corridos estão mais disputados. A explicação é simples: em maio, a oferta despencou 22,74%, ainda de acordo com a pesquisa da CMI. “Eles estão em falta no mercado. Tanto é que algumas empresas estão transformando suas salas em andares”, informa o vice-presidente da CMI/Secovi. O problema pode ser a “carência” de prédios corporativos na capital, afirma Teodomiro Diniz Camargos, presidente da Câmara da Construção da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). “Se uma empresa precisa de espaço grande para se instalar, a dificuldade é enorme, pois houve pouca produção. Já as salas têm demanda mais limitada, feitas geralmente por investidores, profissionais liberais e pequenas empresas”, observa Camargos.

O presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG), Paulo Tavares, alega que as obras dos prédios estavam atrasadas e só agora estão sendo finalizadas. “Antes faltava mão de obra para terminar as obras”, diz. Ainda segundo Tavares, a oferta maior de salas pode acontecer em função dos preços mais elevados. “A especulação imobiliária está grande. O valor cobrado pelas salas na Savassi (na Região Centro-Sul da capital) dobrou depois das obras”, diz Maria Auxiliadora Teixeira de Souza, presidente da Associação dos Lojistas da Savassi.

O edifício Lalic, que fica na esquina da Avenida Getúlio Vargas com as ruas Alagoas e Fernandes Tourinho, terminou as obras em março. No total, são dez andares corridos, três lojas no térreo e quatro andares de garagem. O sócio-diretor da JAB Construtora, Marcos Bacha, informa que oito andares corridos já foram alugados para o Banco do Brasil. Das lojas do térreo, uma será para a marca de roupas masculinas Windsor e outra para o vestuário feminino Contato Jeans. “O que determina a escassez ou demanda do imóvel é o ponto. Na Savassi há poucos andares corridos com vaga de garagem.” Cada andar corrido, com quatro vagas de garagem, foi alugado por R$ 80 o metro quadrado.

Na Região da Pampulha, o mercado de salas também promete movimentar. A Direcional Engenharia lança em agosto o Complexo Monterrey, com 329 salas e 14 lojas. “A Região da Pampulha cresceu e não há um centro comercial organizado”, explica Guilherme Diamante, diretor comercial da Direcional. Cada sala vai ter de 21 a 50 metros quadrados. “A oferta depende da região. Fizemos pesquisa na área e não há nada parecido”, completa.
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