Mais areia para a construção civil com incentivos do governo

Caixa vai diminuir taxa do Construcard para a partir de 0,90% ao mês mais TR. Limite do Minha casa, minha vida será revisto

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postado em 26/09/2012 14:24 Geórgea Choucair /Estado de Minas
Reprodução/Internet/construirnordeste.com.br
O último trimestre do ano promete novo fôlego no setor da construção civil brasileira. Em outubro a Caixa Econômica Federal começa a operar com novas taxas para o Construcard, cartão destinado à aquisição de material de construção. E nesta quinta-feira (27) o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) vota novas taxas de juros e aumento do limite da renda familiar para os interessados em participar do programa Minha casa, minha vida.

A Caixa criou nova taxa de juros no Construcard para os clientes com renda individual mensal de até R$ 1,6 mil. As mudanças permitem juros de 0,90% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) e prazo de pagamento de até 72 meses. Para os demais clientes, a taxa mínima de juros é de 1,4% ao mês mais a TR e a máxima, de 1,85% ao mês. “O custo da nova taxa é baixo, se for comparar com qualquer outra operação de crédito do mercado. E nessa faixa de renda não é possível pagar juros maiores”, observa Rômulo Martins de Freitas, superintendente regional da Caixa. O Construcard já beneficiou cerca de 1,2 milhão de famílias nos últimos cinco anos, financiando um total de R$ 15 bilhões. Até o fim de 2012 foram disponibilizados R$ 5 bilhões de orçamento, volume suficiente para atender a mais de 400 mil famílias.

Sem atração

No Minha Casa, minha vida, o limite de financiamento habitacional em Belo Horizonte é de R$ 150 mil e pouco atende à classe média, em função do aumento nos preços dos imóveis. “O programa estava sem atratividade. Era preciso mexer para ter mais demanda. Essa foi uma das nossas reivindicações”, afirma Paulo Safady Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Para as famílias com renda de até R$ 1,6 mil, o governo compra o imóvel e subsidia até 95% do valor. Safady ressalta, no entanto, que as mudanças, que devem ser aprovadas pelo Conselho Curador, não afastam a necessidade de os estados e municípios fazerem seus complementos para facilitar e aumentar o programa.

Atualmente só as famílias com renda de até R$ 5,4 mil se encaixam no programa que usa os recursos do FGTS para a compra da casa própria e tem juros máximos de 8,16% ao ano. Para a faixa três de renda do programa (com ganhos de R$ 3,1 mil a R$ 5,4 mil), a nova taxa de juros deve cair de 8,16% para 7,16% ao ano. O valor máximo da renda também deve passar a ser corrigido pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), segundo Simão.

O sucesso das novas taxas do Construcard vai depender da divulgação maior ao consumidor, avalia Ricardo Caus, vice-presidente da Associação do Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais (Acomac-MG). “Muitos consumidores não conhecem o produto que tem juros mais competitivo do que o mercado”, diz. Ele ressalta que o financiamento é de grande importância, pois as obras costumam ser feitas em longo prazo. As vendas do segmento no estado neste ano caíram em torno de 8%, na comparação com o mesmo período de 2011. Mas Caus está otimista com os negócios a partir de agora e espera que o setor reverta o resultado e feche 2012 com incremento de 5% nos negócios. “Nesta época todo mundo entra no clima de querer fazer alguma reforma”, diz.

Tags: construção civil

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Carlos - 27 de Setembro às 09:38
Mais uma irresponsabilidade do governo para beneficiar seus maiores doadores de campanha. Somente José Auriemo, dono da incorporadora JHSF, doou, como pessoa física, quase 3 milhões a partidos políticos (dos quais o PT nacional recebeu quase 2 milhões). Fora as doações das próprias empresas...

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