Superpopulação traduzida em grandes arranha-céus de Hong Kong dá o tom de trabalho artístico

Fotógrafo alemão cria imagens impressionantes que mostram uma "arquitetura de densidade"

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postado em 18/02/2013 07:00 / atualizado em 18/02/2013 10:43 Joana Gontijo /Lugar Certo
Michael Wolf/Divulgação

Com uma população superior a 7 milhões de habitantes, é fácil perceber que altos edifícios formam uma paisagem comum em Hong Kong. A cidade na China é um dos locais mais densamente povoados do planeta, levando o conceito de arranha-céus a um patamar inteiramente novo, sendo que a configuração destes prédios é um verdadeiro espetáculo visual em particular. O número de construções verticais na região supera a marca de 6,5 mil, acima da quantidade de arranha-céus em Nova York, e, a cada quilômetro quadrado, estão cerca de 6,4 mil pessoas.


A partir da observação deste panorama que, por si só, carrega um grande potencial imagético, o fotógrafo alemão Michael Wolf criou o projeto intitulado de “Arquitetura de Densidade”, em que retrata em uma série de fotos os edifícios de Hong Kong, onde atuou durante dez anos. A maioria dos moradores da cidade vive em apartamentos que se sobrepõem em altas torres. As imagens raramente mostram pessoas, colocando em foco, por outro lado, a escala extrema dos edifícios.
Michael Wolf/Divulgação

Ressaltando as fachadas em que aparecem uma infinidade de pequenas janelas umas sobre as outras, o projeto passa uma certa sensação de claustrofobia e aperto, deixando transparecer as condições de vida não muito agradáveis para muitos residentes da cidade. As fotografias, no entanto, transmitem forte apelo estético, estimulado pela complexidade urbana desta metrópole sobrepovoada e em constante crescimento.

Elevados em dezenas de andares em um ritmo repetitivo que surge das janelas, os massivos blocos de apartamentos são capturados pelas lentes de Wolf sem referências que os contextualizem, dando a impressão que não possuem limites, concebendo padrões abstratos que tomam o plano completo de cada imagem. Para o artista, um aspecto intrigante no trabalho é o fato de que, por trás da vista pública e anônima, estão milhares de espaços privados. As vidas individuais aparecem em pequenos detalhes, como uma roupa estendida, uma planta na janela ou um andaime, que quebram a regularidade e dão vibração às enormes estruturas arquitetônicas.
Michael Wolf/Divulgação

Tags: arquitetura,

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600
 
Teo - 18 de Fevereiro às 11:07
Aí está uma prévia do futuro do mundo. Água e alimentação escassa, vivendo por viver.

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