Condomínios próximos a Belo Horizonte são ótima oportunidade de negócio
Preço do metro quadrado mais em conta quando comparado ao de regiões da capital e investimento
em infraestrutura por parte de loteadoras e incorporadoras tornam o negócio atrativo e acessível
Em busca da tão sonhada qualidade de vida, há quem prefira investir em condomínios fora dos grandes centros urbanos. Contato com a natureza, tranquilidade e diminuição do ritmo acelerado ditado pelas metrópoles estão entre os motivos apontados por quem não troca por nada o privilégio de chegar em casa e ouvir o canto dos pássaros em vez de buzinas de carros. Investimentos das construtoras nesse tipo de empreendimento comprovam que há, sim, um grande público interessado nesse estilo de vida.
Para o sócio-diretor da Terra a Teto Engenharia, Francisco Gabriel de Castro, a possibilidade de contato com as belezas naturais é o principal atrativo desses condomínios, além da tranquilidade. Fora essas vantagens, como estão em regiões em que ainda há terrenos para construir, têm valor mais acessível se comparado aos de Belo Horizonte, por exemplo. “Como são empreendimentos maiores e desenvolvidos fora do eixo Centro-Sul, o metro quadrado é mais acessível.”
Diante disso, Castro afirma que investir nesse tipo de empreendimento é uma excelente opção porque, como são muito cobiçados, são sólidos financeiramente. “Destaca-se também a localização em regiões em fase de expansão e que se consegue ter uma maior valorização do investimento, pois são áreas que ainda não estão totalmente adensadas. E a tendência é de crescimento desse tipo de empreendimento, que ainda é sonho de consumo de muitas famílias”, prevê.
Mas morar junto à natureza não significa viver livre das facilidades proporcionadas pela tecnologia. Assim, o diretor comercial do Grupo Morada Imóveis, Rogério Rodrigues, acredita que o mercado tende a investir cada vez mais na inovação e na segurança no que se refere a esses condomínios, além de lazer e praticidade. “Até porque, em razão do intenso ritmo de vida das grandes cidades e mesmo das dificuldades impostas pelo trânsito, há uma tendência e uma demanda crescente por imóveis classificados como segunda moradia.”
Pois nem mesmo o tráfego foi empecilho para a empresária Márcia Cunha, que trabalha em Belo Horizonte, optar por um condomínio residencial em Lagoa Santa, na região metropolitana. “O trânsito é inegavelmente pesado, mas compensa. Vai de cada um encontrar uma forma de não se estressar. O tempo que fico no carro, escuto rádio e me mantenho informada”, diz.
Há seis anos em Lagoa Santa, Márcia não se arrepende de ter se mudado do Bairro São Lucas, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, para a cidade. “A qualidade de vida é outra. É possível ter mais convivência com as pessoas, mais amizades, uma vida mais humana e solidária. Além disso, tenho a possibilidade de morar em casa e deixá-la aberta com segurança e ter cachorro”, conta.
Há seis anos em Lagoa Santa, a empresária Márcia Cunha diz que é possível ter mais amizades e uma vida mais humana
LÍQUIDO E CERTO Preço do metro quadrado mais em conta quando comparado ao de regiões da capital e investimento em infraestrutura por parte de loteadoras e incorporadoras tornam o negócio atrativo e acessível
Loteamentos fechados com portaria, sistema de segurança próprios, áreas verdes e de lazer com normas de uso e ocupação próprios, destinados estritamente à ocupação residencial unifamiliar. Assim o engenheiro urbanista, presidente da Sena Empreendimentos e diretor da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) na área de loteamentos, José Carlos Manetta, resume o que são os condomínios fechados.
Formados por lotes de maiores dimensões que as convencionais, na faixa de 500 a 1 mil metros quadrados (m²), esses empreendimentos têm o conforto garantido devido ao fato de serem urbanizados e terem fácil acesso. “Contam, ainda, com trilhas para caminhadas, espaço fitness, sistema de segurança, permitindo morar com qualidade de vida e contato com a natureza, sem os barulhos e incômodos dos grandes centros”, diz José Carlos.
Por tudo isso, o empresário reforça a ideia de que o mercado tende a crescer para esse tipo de imóvel, que tem demanda maior que a oferta. “Somado a isso, as pessoas estão procurando os condomínios para recuperar as vantagens de morar em casas, conseguindo mais privacidade, maior contato com a terra, poder cuidar do próprio jardim, pomar, horta, melhorar a convivência com seus filhos, tudo isso com segurança.”
Francisco de Castro, da Terra a Teto Engenharia, diz que demanda por condomínios chega à classe C
Entre as cidades da região metropolitana mais procuradas para realizar o sonho de morar bem estão Nova Lima, Lagoa Santa e Vespasiano, como aponta Francisco Gabriel de Castro, da Terra a Teto Engenharia. E os números comprovam isso. “Em Nova Lima, o Vale dos Ipês Residencial, por exemplo, vendeu 165 apartamentos em um único dia, durante o lançamento da primeira fase. Como o projeto tem imenso potencial de valorização, além de famílias de Nova Lima e Belo Horizonte, vários investidores profissionais apostaram no negócio.”
Além desses municípios, Rogério Rodrigues, do Grupo Morada Imóveis, destaca Igarapé e Sete Lagoas. “Em setembro, lançamos o Portal de Igarapé, que fica a 500 metros do Centro da cidade e tem estrutura de lazer completa e segurança. Apenas durante o lançamento, 50% das unidades disponíveis no empreendimento foram vendidas. Em Sete Lagoas, o Condomínio Vale do Sol, localizado no Centro da cidade, registrou 90% de vendas apenas nos primeiros três meses após o lançamento.”
Outro empreendimento que comprova esse sucesso é o Condomínio Aldeias do Lago, localizado a três quilômetros da BR-040, sentido Belo Horizonte/Sete Lagoas, como conta o proprietário da Ariane Imóveis, Antônio Carvalho Mota. “Investir nele é seguro e rentável, haja vista que já foram comercializados mais de 80% dos lotes. A região está em fase de crescimento acelerado, com vários comércios e empresas de grande porte se instalando na região, Rodoanel e rodovias a serem implantadas brevemente, o que facilitará o acesso ao aeroporto de Confins”, explica.
Com segurança 24 horas por dia, área preservada de mata virgem e lagoa cristalina com 700 mil m², o empreendimento é ideal, ainda, para a prática de esportes náuticos, como destaca Mota. “O Condomínio Aldeias do Lago tem segurança diferenciada, é internamente subdividido em três sessões – A, B e Pinheiros –, sendo todas elas com portaria individualizada e com ronda motorizada 24 horas por dia, estando em processo de finalização a construção da portaria principal. O investimento é de mais de R$ 500 mil, com recursos próprios.”
Previsto para ser inaugurado no fim deste mês, o condomínio conta também com infraestrutura de lazer completa. “Quadras de tênis, society, vôlei, entre outros. Tudo isso contribui muito para que o investimento em empreendimentos como o Aldeias do Lago seja rentável, já que proporciona qualidade de vida agregada ao conforto, proximidade da natureza e segurança”, ressalta Mota.
INVESTIMENTO CALCULADO
Para investir em empreendimentos como esse, as loteadoras e incorporadoras se baseiam em estudo do mercado, como demonstra Rogério Rodrigues, do Grupo Morada. “Para se ter uma ideia, em Belo Horizonte, o metro quadrado em bairros do Vetor Norte, como o Planalto, custa R$ 1.100 e os lotes têm, no máximo, cerca de 360 metros quadrados. Até mesmo em alguns bairros de classe A e B de Lagoa Santa, o metro quadrado custa em médi, R$ 500.”
Mas é possível, ainda, por metade do valor do metro quadrado em Lagoa Santa e menos de um quarto do preço cobrado em bairros do Vetor Norte, encontrar empreendimentos na cidade. “No condomínio Mirante do Fidalgo, do Grupo Morada, que está localizado perto do Centro e tem todos os itens de segurança, estrutura e lazer (portaria 24 horas por dia, asfalto e tratamento de rede de esgoto, espaço gourmet, entre outros), o metro quadrado custa R$ 250”, informa Rodrigues.
Dono da Ariane Imóveis, Antônio Carvalho Mota diz que 80% dos lotes do Condomínio Aldeias do Lago j´aforam comercializadas
Com isso, morar ou mesmo adquirir lotes em condomínios residenciais na região metropolitana tornou-se acessível até para a classe média, como confirma Castro, da Tera a Teto Engenharia. “Inicialmente, somente a classe A e parte da B investiam em condomínios fora de BH. No entanto, com o aumento do poder aquisitivo da classe C e melhores ofertas, mais pessoas estão interessadas nesse tipo de empreendimento.”
Para quem vai investir nessa ideia, José Carlos Manetta, da Sena Empreendimentos, recomenda alguns cuidados iniciais. “Deve-se observar se o empreendimento se encontra regularmente aprovado e registrado no cartório de registro de imóveis, a credibilidade do empreendedor, bem como direcionar a escolha para os condomínios que apresentam a característica de servir como primeira residência, pois são os que apresentam maior indicativo de valorização”, aconselha.
Castro acrescenta que, em qualquer investimento imobiliário, é importante verificar se o empreendimento está inserido no regime jurídico especial denominado patrimônio de afetação, que tem uma contabilidade exclusiva, separada do restante das operações da construtora. Outra informação importante a ser levantada é o coeficiente de aproveitamento do terreno, que indica a quantidade máxima de metros quadrados que podem ser construídos em um lote.
Comentários
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Filipe
- 14 de Maio às 16:50
Pesquisem na internet "Preços para venda e locação despencam 20,3%". Trata-se de uma excelente matéria que traz dados do próprio Creci...Vem pra bolha você também, vem! Ploc!