Em cada canto de Belo Horizonte é possível ver construções de prédios e outros empreendimentos imobiliários. Diante da expansão desse mercado na capital, a Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) vai realizar mensalmente uma pesquisa com o objetivo de analisar o número de projetos
arquitetônicos do segmento aprovados na cidade. O estudo é feito em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que fornece os dados para a instituição.
De acordo com o presidente da CMI/Secovi, Evandro Negrão de Lima Júnior, o estudo tem como objetivo fazer um levantamento de quais regiões da capital estão sendo mais valorizadas para abrigar novos empreendimentos imobiliários. “Queremos saber a concentração de empreendimentos e o volume de projetos aprovados mensalmente. Pretendemos também informar à população, bem como aos nossos associados, quais são as regiões mais procuradas pelas empresas e moradores em geral”, explica.
A primeira pesquisa foi divulgada em julho e constatou que a região da Pampulha foi a que mais teve projetos aprovados (24). Para o presidente da CMI/Secovi, a região tem se destacado devido a importantes obras, como a reforma do Mineirão e a revitalização de avenidas. “A Pampulha está em evidência há algum tempo devido a diversas intervenções que beneficiaram a região, como a duplicação das avenidas Pedro I e Antônio Carlos e as reformas do Mineirão. Tudo isso faz com que essa seja uma das regiões mais desejadas em BH”, diz.
SEGMENTAÇÃO A segunda região mais procurada foi Venda Nova, com 22 projetos aprovados, seguida da Oeste, Nordeste e Barreiro, com 16, Leste, Noroeste e Centro-Sul, com 14, e por último a Norte (11). A pesquisa foi segmentada por tipos imobiliários e constatou que, dos projetos aprovados, 110 eram residenciais, dos quais 69 unifamiliares (casas) e 41 multifamiliares (prédios). Já empreendimentos comerciais foram 25 projetos aprovados em um total de 109 unidades. Além disso, 12 projetos de imóveis mistos, ou seja, comerciais e residenciais, foram aprovados pela PBH, num total de 87 unidades.
O arquiteto Túlio Lopes, sócio de um escritório que faz projetos para várias construtoras de Belo Horizonte, teve cinco projetos aprovados na Prefeitura de BH em julho. Ele explica que esses projetos refletem o momento atual da arquitetura imobiliária. “São empreendimentos de pequeno porte, com dois e três quartos, voltados para a classe média, na faixa de R$ 300 mil a R$ 400 mil. Com a crise de terreno que está tendo em BH, os grandes incorporadores estão com dificuldade de viabilizar empreendimentos principalmente para a classe alta. Por isso, muitos construtores estão migrando para a construção voltada para as classes média e baixa”, diz.
O número de empreendimentos aprovados pela empresa de Túlio mostra um pouco do que foi constatado na pesquisa: foram nas regionais Pampulha, Leste e Oeste. “São essas as tendências de crescimento, onde se encontram terrenos a preços mais acessíveis, principalmente na Região da Pampulha, onde estamos percebendo uma demanda um pouco maior.”