Conheça o jardim na Austrália que é o mais bonito do mundo em 2013

Com 170 mil exemplares de plantas, complexo foi contemplado em premiação internacional pela beleza e originalidade

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postado em 23/10/2013 09:30 / atualizado em 23/10/2013 15:27 Joana Gontijo /Lugar Certo
John Gollings/Divulgação

O jardim botânico mais importante da Austrália - em termos de composição, variedade de exemplares e ainda no tamanho - também é o mais belo do planeta em 2013. Pelo menos é isso que considerou o júri da edição deste ano do World Architecture Festival Awards (WAF), que concedeu o prêmio máximo, na categoria projeto de paisagismo, ao Australian Garden, no evento que aconteceu no início de outubro.

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O projeto que resultou de 17 anos de trabalho é uma verdadeira obra de arte natural. A concepção começou em 1997, mas o complexo só foi totalmente concluído no ano passado. Desde o início da implantação, o jardim vem sendo contemplado como destaque principal em diferentes premiações, mesmo quando ainda não estava pronto.

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O Australian Garden nasceu com os profissionais do escritório australiano Taylor Cullity Lethlean (TCL), com a colaboração de Paul Thompson. Localizado no interior do conjunto que compreende o Royal Botanic Gardens, nas imediações de Melbourne, o grandioso jardim integra horticultura, arquitetura, ecologia e arte, configurado com cerca de 170 mil plantas de 1,7 mil espécies distintas.
John Gollings/Divulgação

A riqueza da paisagem original daquele país é homenageada com a grande diversidade de componentes e a escala generosa do jardim. Segundo os jurados que selecionaram o Australian Garden como o mais bonito do mundo, "o projeto se destacou por sua originalidade e a forte evocação da identidade australiana conquistada sem o uso de símbolos ou palavras – apenas a bela flora do interior da Austrália."


John Gollings/Divulgação

Experiência múltipla

O jardim botânico surgiu em uma área de 40 mil m² onde funcionava uma pedreira de areia. A ideia central que norteia o percurso, conforme os autores, é que os visitantes sigam uma jornada metafórica da água através da paisagem da Austrália, desde o deserto até a orla. Como o mais significativo conjunto dedicado à flora australiana, o passeio permite vivenciar experiências temáticas que inspiram o público a observar as plantas em novas formas.

Pela direção leste, aparecem jardins de exposições, exibição de paisagens, terrenos de pesquisa e matrizes florestais estruturaradas e ordenadas com um pendor mais formal, enquanto, no lado oeste, o público é submerso por jardins que remetem a ciclos naturais, panoramas envolventes e formas florísticas irregulares. A água é elemento mediador entre essas duas condições, levando o espectador a partir de escarpas de piscinas naturais, serpenteando curvas do rio e bordas costeiras.
John Gollings/Divulgação

A paisagem aí se comunica através de narrativas de experiência e imersão, em que o observador passa pelo processo interpretativo, sem se guiar por uma sinalização muito didática, desta maneira evitada. Caminhar pelo emaranhado de um assoalho da floresta de eucalipto ou atravessar um matagal costeiro podado pelo vento são passagens que se justapõem a plantações florestais e jardins que evocam padrões urbanos.

O movimento da natureza australiana é capturado no Australian Garden, onde os visitantes são convidados a entrar neste cenário através de um sistema não convencional, que se transforma a toda hora de acordo com a história que a paisagem conta em cada lugar. Caminhos duros em certo ponto tornam-se pratos circulares sobre a água que se conectam a um campo de pedras onde o caminho real não é mais aparente. A coleção botânica desempenha um papel de apoio fundamental para acentuar a experiência interpretativa, metafórica, poética e múltipla.

O Australian Garden também adquire outra função, como um novo espaço público de uma cidade em constante expansão. Mensagens de biodiversidade e de sustentabilidade estão integradas no seu papel como um novo destino turístico importante, onde não só os visitantes vêm para explorar as coleções de plantas, mas também para se divertir, através de oficinas interativas, música, cinema, mercados, cafés e jogos.
John Gollings/Divulgação
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