De bem com o meio ambiente

Construtoras se esforçam para preservar espécies do terreno e privilegiar a natureza

Para agradar clientes, empresas mineiras conservam áreas verdes, mantendo maior número de árvores possível no local da obra

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

- AMIGO + AMIGOS
Preencha todos os campos.
postado em 11/05/2014 07:00 / atualizado em 09/05/2014 13:19 Celina Aquino /Estado de Minas
SXC.hu/Banco de Imagens
Restam poucas oportunidades de sentar na sombra de uma árvore e comer uma fruta tirada do pé em plena cidade grande. À medida que as casas antigas somem do cenário urbano, tornam-se cada vez mais raros os quintais. Muitas construtoras mineiras, porém, se esforçam para preservar as espécies presentes nos terrenos que adquirem e privilegiar a área verde. A iniciativa agrada os clientes.

Na AP Ponto, o lema é manter o maior número possível de árvores. O profissional responsável pelo projeto arquitetônico tem a missão de visitar o terreno e pensar o empreendimento considerando a vegetação nativa. Além da possibilidade de oferecer um produto diferenciado, a empresa é motivada pela satisfação dos clientes. “Muitos compradores moram nas proximidades e querem saber se vamos manter as árvores. O lugar fica mais aconchegante, fora os pássaros que ficam nas árvores, até mesmo durante a obra. É mais agradável de se viver”, pontua a engenheira da AP Ponto, Paula Mundim.

Em um terreno adquirido em Contagem, palmeiras enfeitavam a entrada da casa demolida. A construtora, então, elaborou o projeto do Ponto Conquista aproveitando a beleza das árvores, que se encaixaram entre as torres e a área de lazer. Muitos clientes até pensam que elas foram plantadas por causa do empreendimento. Já no Ponto Imperial, no Bairro Castelo, Região da Pampulha, mangueiras, palmeiras e um belo ipê amarelo ganharam destaque. “Tivemos que fazer uma contenção até onerosa para preservar umas das árvores, mas preferimos ter o ônus. Nossa opção é sempre preservar, e não cortar.” Quando não é possível manter a vegetação no lugar original, as árvores são transplantadas para outro ponto no próprio terreno, como no caso de três pés de jabuticaba do Ponto Safira, em Betim.

As mangueiras preservadas na entrada do Ponto Imperial chamaram a atenção do militar reformado Geraldo Teixeira Soares, de 59 anos, que comprou um apartamento no prédio para o filho. “É um atrativo porque gosto de árvores frutíferas. Tenho acerola, limão, mexerica e jabuticaba em casa. O ambiente fica mais fresco e mais leve”, opina. Como observa uma carência grande de áreas verdes na cidade, Geraldo considera um ponto positivo a preocupação ecológicas das construtoras, que ganham mais credibilidade com ele, pois seria muito mais fácil derrubar as árvores e construir uma garagem no lugar.

Ilustração/EM
As palmeiras do quintal de uma das cinco casas que deram espaço ao empreendimento Mediterrâneo, da Talent Construtora, foram integradas à fachada do prédio. “Além da questão visual e da beleza que propiciam ao empreendimento, as árvores criam um microclima que não é tão árido e despertam um sentimento de conforto. Mesmo dentro da cidade, observamos que os passarinhos escolhem lugares com árvores maiores para fazer ninho”, analisa sócio da construtora, Pedro Damásio de Almeida Rocha. As mangueiras também foram mantidas. Apesar de não ser um fator decisivo, o empresário enxerga que a preservação do meio ambiente vem sendo mais considerada na hora da compra, tanto é que as construtoras fazem questão de divulgar a iniciativa, porque isso valoriza o empreendimento.

O sócio da Talent Construtora aponta mais um estímulo para preservar as árvores: a legislação ambiental está cada vez mais rígida. Corta-se, portanto, apenas o que é essencial para a construção do prédio, como as espécies que estão no meio do terreno. Além de facilitar a aprovação do projeto, a política agrada o consumidor e demais moradores do bairro. “Uma arborização bem desenvolvida oferece uma série de benefícios. No Santo Antônio, por exemplo, as ruas são sombreadas e você não anda no sol em hora nenhum.” A empresa ainda tenta danificar o menos possível as palmeiras e mangueiras durante a obra para que as árvores estejam bonitas e saudáveis na hora da entrega do empreendimento.

Tags: construtoras

Comentários Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
600
 
Juvelino - 12 de Maio às 14:26
Pegar foto de cidade européia pra fazer matéria comprada por contrutoras mineiras: chega a ser hilário! Parem de brincar com o intelecto das pessoas, por favor!

Últimas Notícias

ver todas
07 de julho de 2023
05 de julho de 2023