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Áreas de garagem se tornam negócio atrativo e vaga passa de R$ 50 mil em BH

Investidores estão interessados na compra de espaços avulsos, de olho na rentabilidade

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postado em 06/11/2014 14:48 / atualizado em 06/11/2014 15:02 Celina Aquino /Estado de Minas
Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Vaga de garagem hoje vale ouro. O aumento da frota no Brasil aquece o mercado de compra e venda de espaço extra para os veículos. As negociações estão mais concentradas em prédios comerciais, onde as áreas se tornam um diferencial, seja para os visitantes seja para quem vai ocupar o empreendimento. Em média, uma vaga em Belo Horizonte vale R$ 50 mil e a tendência é de valorização.

Há casos em que os próprios condôminos adquirem vagas avulsas, mas, geralmente, os clientes interessados em comprar áreas em garagem são investidores em busca de rentabilidade. Como a cada dia está mais difícil estacionar em Belo Horizonte, o negócio é, de fato, lucrativo. “Vagas são sempre produtos mais escassos que andares corridos ou salas, então, vai sempre existir carência nas melhores localizações. Tendo em vista uma demanda um pouco maior, a unidade faz com que a rentabilidade seja mais interessante”, destaca o vice-presidente da área das corretoras de imóveis da Câmara do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi-MG), Flávio Galizzi. O aluguel gira em torno de R$ 300, sendo que o retorno para o investidor pode chegar a 0,7%.

As ofertas mais atrativas estão em lugares de maior movimentação. “Em pontos onde circulam mais pessoas e o comércio é ativo, as vagas de garagem vão ser algo desejado e necessário”, avalia Galizzi. O especialista não tem dúvida de que adquirir vagas de garagem é um bom investimento, a longo prazo.
O vice-presidente da área de corretoras de imóveis da CMI/Secovi-MG, Flávio Galizzi, diz que as ofertas mais atrativas estão em lugares de maior movimentação - Euler Júnior/EM/D.A Press O vice-presidente da área de corretoras de imóveis da CMI/Secovi-MG, Flávio Galizzi, diz que as ofertas mais atrativas estão em lugares de maior movimentação
Apesar de o mercado ser restrito, o consultor imobiliário Ronaldo Starling tem sempre o que oferecer para os clientes. Recentemente, ele vendeu oito vagas para um investidor que pretendia alugá-las para os condôminos que precisam de mais espaço. Em prédios novos e de alto padrão na Região Centro-Sul, o valor passa de R$ 50 mil. À frente da Ronaldo Starling Netimóveis, no Bairro Funcionários, o especialista percebe que a tendência é encontrar vagas rotativas nos novos empreendimentos comerciais. As áreas na garagem são vendidas separadamente da sala ou do andar corrido. “O proprietário do imóvel tem garantido o direito de estacionar seu carro, mas o estacionamento passa a ser rotativo, para atender o cliente dele e o público em geral.”

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CADASTRO 

É grande a disputa por vagas avulsas nos prédios da Caparaó. A construtora sempre oferece, para venda, áreas que sobram na garagem e a prioridade é para os proprietários. “Fazemos um cadastro por ordem de chegada dos compradores que têm interesse em vagas avulsas. A adesão é total. Em dois edifícios que estamos terminando, as sobras saíram instantaneamente”, conta a vice-presidente, Maria Cristina Valle. Se o empreendimento for comercial ou de uso misto, um dos níveis da garagem, normalmente, é reservado para estacionamento rotativo. Nesse caso, o espaço destinado a visitantes atrai os investidores. Como as vagas de garagem são bens de muita valorização, a empresa preza para que sejam bem dimensionadas e de fácil circulação.

Caso seja aprovada pela Câmara Municipal, a proposta da Prefeitura de Belo Horizonte de limitar a apenas uma vaga para cada unidade residencial ou comercial, a procura por espaço extra para veículos pode ser ainda maior. “Com a modificação, a garagem vai ser computada no cálculo da área construída. O custo, certamente, ficará inviável, porque a construtora terá que tirar área de produto (apartamento ou sala) para construir garagem”, acrescenta o consultor imobiliário Ronaldo Starling. “Assim, as vagas vão ficar mais caras.”

Tags: aluguel

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600
 
Marcos - 07 de Novembro às 11:33
E a bolha imobiliária?

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