Elas ainda são minoria nos cursos de engenharia, mas conquistam cada vez mais espaço no mercado de trabalho, ainda muito masculino. A imagem de que são exigentes, atentas a detalhes e de bom relacionamento com clientes e equipe colaboram para o reconhecimento das mulheres na construção civil. Tanto que já existem empresas onde o comando é exclusivamente feminino, mesmo que essa questão de gênero não tenha sido proposital.
A Renovar Engenharia nasceu no curso de engenharia de produção civil do Cefet-MG. Amanda Kelly Ponciano de Oliveira, Alice Portela e Andrea Cristina Barros de Oliveira fizeram o plano de negócios de uma empresa direcionada a projetos. Já no mercado e percebendo que existiam poucas empresas focadas em reformas, decidiram atuar nesse nicho. “Há empreiteiros, empresas de projetos e fornecedores de materiais, mas uma empresa que faça projetos, compras e acompanhamento do serviço é raro”, diz Alice.
O foco é prestar um serviço completo, no qual o proprietário do imóvel não tenha trabalho algum. Na Opla Engenharia, comandada por duas engenheiras, não foi muito diferente. A gerenciadora de obras rápidas de reforma surgiu para suprir a demanda do mercado por empresas que ofereçam obras rápidas, limpas, com qualidade e acabamento e disponibilidade em horários não convencionais. Consultorias, projetos arquitetônicos, execução e gerenciamento de obras e manutenção predial são alguns dos serviços.
Segundo Talitha Fidelis, uma das sócias fundadoras, o fato de serem três mulheres não foi um planejamento, mas sim uma junção de especialidades entre três amigas que já haviam ganhado experiência de mercado em diferentes áreas relacionadas à construção civil e decidiram aplicar seus conhecimentos de maneira integrada. O foco são reformas comerciais, em que atraso na obra significa dias a menos de operação e, consequentemente, de retorno financeiro.