Aprenda como evitar a fuga de energia e não tenha prejuízo

Além de encarecer a conta de luz, vazamento de eletricidade pode colocar a segurança em risco

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postado em 22/03/2015 09:00 Augusto Pio /Estado de Minas
O engenheiro João Carlos Lima explica que as pessoas acabam pagando conta mais cara por não saber do problema - Loja Elétrica/Divulgação O engenheiro João Carlos Lima explica que as pessoas acabam pagando conta mais cara por não saber do problema
Com os aumentos na conta de luz, o jeito é buscar novas maneiras de economizar, pois, além de prejuízos, o “vazamento” de eletricidade pode provocar acidentes. Da mesma forma que a água, a energia elétrica também pode escapar das instalações, ocasionado desperdícios. Tais “vazamentos” são denominados fugas de corrente. O certo é que, além de aumentar a conta de luz em até 50%, o problema pode gerar danos aos equipamentos elétricos, choques e até mesmo incêndios. De acordo com o engenheiro eletricista João Carlos Lima, professor do Centro de Capacitação em Tecnologia da Loja Elétrica, muitas pessoas acabam pagando uma conta de luz mais cara, por, justamente, não saberem desse problema. “Uma fuga mínima de corrente no valor de 0,1A (Ampére), em uma casa que tenha uma instalação elétrica de 127 volts, é como ter um aparelho elétrico ligado 24 horas por dia, o que proporciona um consumo no final do mês de 9,14kWh a mais. “Em reais, isso representaria uma média de R$ 66,90 a mais em um ano”, alerta o engenheiro.

João Carlos explica que as principais causas da fuga de corrente elétrica são problemas de isolamento em fios e conexões, instalações elétricas muito antigas e aparelhos com algum tipo de defeito. Nesses casos, a fuga ocorre porque um condutor de fase entra em contato com algum material metálico. “Quando isso ocorre, a corrente que escapa do fio não é suficiente para ativar os dispositivos de proteção (disjuntor geral ou parcial), provocando um aumento no consumo de energia, choques elétricos e, em situações mais graves, incêndios.” O especialista alerta que a fuga de corrente nas instalações elétricas é tão séria que, desde 1997, a NBR5410 obriga o uso do interruptor diferencial residual (IDR) em todas as construções. A instalação deve ser feita em áreas molhadas, como banheiro, cozinha, áreas de serviço e externas.

O professor ressalta que, para saber se há fuga de corrente elétrica em uma residência, basta fazer um teste. “Em primeiro lugar, a pessoa deve desligar todos os aparelhos das tomadas e apagar todas as luzes. Em seguida, verificar se o relógio de energia continua girando. Em caso positivo, é sinal de que existe energia escapando. É possível descobrir a origem, desligando-se a chave geral da casa. Se o disco do medidor parar de funcionar, é sinal de que o defeito está na instalação elétrica da própria casa.” João Carlos explica que o teste pode ser feito também com os eletrodomésticos. “Para isso, é preciso desligar a chave geral e manter todos os aparelhos e luzes desligados. Posteriormente, é só ligar um aparelho de cada vez e verificar se o medidor se movimenta. Caso isso ocorra, o equipamento deve ser encaminhado à assistência técnica.” Independentemente do motivo da fuga de energia, o engenheiro garante que a melhor opção é sempre chamar um eletricista de confiança para solucionar o problema.

O QUE FAZER

» Certifique se a instalação dos imóveis está protegida contra fuga de corrente, por meio do IDRs. Para os imóveis antigos (antes de 1997), basta contratar um profissional qualificado para instalá-lo

» Evite emendas com fitas que não sejam isolantes, como a crepe, durex e esparadrapo

» Não deixe os fios desencapados, principalmente em local sujeito a alagamento

» As instalações elétricas precisam passar por revisão e manutenção preventiva realizada por profissional qualificado, no mínimo a cada 10 anos

» Jamais utilize moedas, fios, lâminas de estanho ou alumínio no lugar de fusíveis e disjuntores

» Evite o uso de fios muito finos para a instalação dos chuveiros e siga sempre a fiação recomendada pelo fabricante

Fonte: João Carlos Lima, eletricista
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