Solução para o canteiro de obras

Estruturas pré-fabricadas garantem eficiência, rapidez e maior produtividade nas construções

Operando num sistema 'just in time', as peças são enviadas ao local das obras na sequência exata de montagem

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postado em 06/04/2015 16:11 / atualizado em 07/04/2015 14:38 Augusto Pio /Estado de Minas
Precon/Reprodução
Um dos principais motivos de reclamações envolvendo construtoras é o atraso na entrega de imóveis, o que gera uma série de transtornos para o comprador. Para se ter uma ideia, de acordo com a Associação dos Mutuários e Moradores de Minas Gerais (AMMMG), todos os meses, são ajuizadas cerca de 30 ações judiciais contra empresas que não concluíram seus empreendimentos no tempo previsto. Felipe Bernardes, diretor comercial da Precon Engenharia, diz que “a maioria dos atrasos na entrega de empreendimentos está relacionada à imprevisibilidade dos custos e à baixa produtividade”. Diante disso, a Precon desenvolveu um processo construtivo, baseado em estruturas pré-fabricadas de concreto que são produzidas na fábrica em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e levadas prontas para o canteiro de obras, onde são montadas. “Com a solução que desenvolvemos, esses indicadores são precisos e controlados, já que adotamos um sistema industrial de produção”, garante Felipe.

Ele explica que são produzidas cinco estruturas básicas, todas padronizadas: vigas, pilares, painéis (paredes), escadas e pré-lajes. “O número de peças produzidas é monitorado diariamente, e tudo passa por um teste de qualidade, em que o índice de não conformidades é registrado. A logística, outro gargalo da construção tradicional, também é uma preocupação da Solução Habitacional Precon (SHP). Operando num sistema just in time, as peças são enviadas ao canteiro de obras na sequência exata de montagem, e as estruturas são içadas do caminhão e colocadas exatamente na posição em que deverão ficar. Cada grua trabalha com três carretas. Enquanto uma está sendo descarregada na obra, a outra está em trânsito e a terceira está na fábrica, carregando.”

Marcelo Miranda, CEO da Precon, diz que a tecnologia industrializada reduz pela metade o tempo da obra - Rafael Motta/Divulgação Marcelo Miranda, CEO da Precon, diz que a tecnologia industrializada reduz pela metade o tempo da obra
Graças a esse sistema industrializado, a produtividade da mão de obra, outra fonte de transtorno para as construtoras, supera a média do setor, uma vez que apenas 10 trabalhadores são suficientes para montar duas torres de oito andares, com quatro apartamentos por andar. E como toda a alvenaria é produzida na indústria, Felipe garante que a capacidade produtiva está menos sujeita a fatores que podem impactar no prazo final, como a rotatividade dos colaboradores ou a competência individual. “Diferentemente da maioria da construção civil, temos um alto índice de previsibilidade de custos, prazos e de produtividade, além de um processo eficiente de logística. Isso contribui muito para que possamos cumprir e até mesmo antecipar nossas metas, como tem ocorrido nos últimos meses.”

Marcelo Miranda, CEO da Precon, diz que a tecnologia industrializada reduz pela metade o tempo da obra, se comparado ao processo construtivo convencional. “O sistema oferece vantagens, como rígido controle industrial, que garante padrões de qualidade superiores aos da construção tradicional; maior segurança estrutural, uma vez que as paredes têm apenas função de vedação. Toda a sustentação do empreendimento é feita por pilares, vigas e lajes; maior flexibilidade, sendo que o cliente pode alterar ou retirar paredes sem comprometer a estrutura; maior conforto térmico e acústico, uma vez que as paredes de tijolo cerâmico foram projetadas segundo as novas normas de desempenho estabelecidas para o Brasil.”

Além disso, Marcelo ressalta que toda a parte hidráulica passa por shafts, ou seja, não é embutida em paredes. “Isso facilita eventuais manutenções. Nas tubulações de água, utilizamos PEX, material que permite flexibilidade dos tubos e reduz a quantidade de conexões, minimizando a chance de vazamentos, e, entre outras vantagens, 80% na geração de resíduos – processo inovador, industrializado e sustentável.”
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